10/02/2013 - INFLAÇÃO INSINUANTE
Não existe registro
histórico de período estatístico de inflação bem comportada após o Plano Real.
Ocorre que, os governos do PT mantêm a inflação em torno de 5% a 6%, com
ameaças de romper a política de metas de inflação, criada em 1999, pelo governo
do PSDB. No particular, PT e PSDB são iguais. Dentre as 19 economias latino-americanas,
o Brasil tem a sexta maior taxa de inflação. Pior, o ano de 2012 não foi nada
bom, visto que o crescimento do PIB brasileiro somente foi maior do que o do
Paraguai entre as 19 citadas economias.
Em 12 meses,
considerando de fevereiro-2012 a janeiro-2013, a inflação está em 6,15%. Há
quatro anos, o sistema de preços está descolando a inflação da meta e a equipe
econômica se encontra no fio da navalha. Antônio Delfim Netto, 82 anos,
economista famoso desde a ditadura e aliado do governo Lula, agora do de Dilma,
tem feito críticas de fogo amigo. Isto é, refere-se aos tropeços da equipe
econômica, sobre as várias trapalhadas ocorridas. Assim referiu-se na semana
passada: “Não é uma das políticas mais inteligentes formar oligopólios com
recursos do Tesouro, porque é óbvio que não são instrumentos eficientes no
processo competitivo. São contra a competição”. Refere-se aos financiamentos a
juros subsidiados a poucos escolhidos pelo BNDES.
Talvez Samuel Pessôa,
professor da FGV, colunista da Folha, hoje, diagnostica o erro básico da
política econômica: “Parece que a atual onda de desenvolvimentismo repete o
diagnóstico do passado. Há, no entanto, diferenças. Havia à época dos outros
surtos desenvolvimentistas o diagnóstico de que o motor do crescimento seria o
crescimento do investimento. Atualmente, há uma ênfase em estimular o consumo”.
Sem dúvida, se não
mudar o foco do consumo para o investimento, o crescimento da economia
continuará a ser medíocre. Não é a toa que o Financial Times exige a cabeça de
Guido Mantega, um ministr4o vacilante, sem gerar confiança dos empresários.
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