30/11/2012 - ÍNDICES DE DESEMPREGO
O desemprego ocorre naquela
parcela da População Economicamente Ativa (PEA), hoje no Brasil se aproximando
de 100 milhões de cidadãos, medido oficialmente pelo Ministério do Trabalho,
que possui Cadastro de Empregados e Desempregados, bem como pelos informes do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como pelos institutos de
pesquisa das 27 Unidades Federativas. Existem três formas de desemprego: o
aberto, o disfarçado e o fricativo. A forma aberta é aquela medida pelo IBGE.
São pessoas que não tem vínculo empregatício. A forma disfarçada é conhecida
como subemprego. Estão neste grupo aquelas pessoas que não tem carteira
assinada, fazem biscates, são autônomos não registrados ou vivem na margem da
sociedade, não quer dizer que são marginais (estes são minoria no contingente
em referência). A forma fricativa é aquela na qual o trabalhador está no seguro
desemprego ou simplesmente procurando emprego, pelo desemprego sazonal.
O Ministério do Trabalho divulga
o desemprego mês a mês. No início do século XXI, o indicador estava por volta
de 11% da PEA. Porém, veio baixando mês a mês, estando hoje por volta de 6% da
PEA, em direção a 5%. Órgão criado há mais de 60 anos pelos sindicatos dos
trabalhadores paulistas, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Econômicos (DIEESE) também demonstra o seu indicador, sempre maior do que o do
Ministério do Trabalho, geralmente próximo do dobro. Em setembro ele esteve no
nível mais baixo já registrado, de 10,5%. O DIEESE leva em consideração os
órgãos oficiais e as estatísticas que conseguem obter do subemprego que poderia
ser formalizado. Por seu turno, os institutos de pesquisa estaduais geralmente também
captam mais informações do que os órgãos federais, apresentando também maiores
indicadores da espécie.
No capitalismo existe sempre
‘certo’ nível de desemprego, para que os salários não sejam elevados ou que não
existam pressões para tal, além da rotatividade que se realiza comumente. Os 5%
são considerados ‘quase’ como pleno emprego, visto estar bem perto dele. Até há
aqueles que dizem que a economia já está no pleno emprego. O IBGE divulgou
anteontem que o ritmo de envelhecimento da população brasileira está acima da
média mundial. As pessoas com 60 anos ou mais passaram de 9%, em 2001, para
12,1%, em 2011. Os idosos hoje são 23,5 milhões, segundo o IBGE. Referida
tendência natural de uma população que na sua maioria tem envelhecido,
certamente irá pressionar o mercado de trabalho, causando problemas para
incrementar as ansiadas maiores taxas de crescimento. Dessa forma, é urgente a
reforma do modelo educacional, visando elevar a produtividade da economia
brasileira, esta, principal responsável pelo crescimento econômico sustentável.
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