20/11/2012 - DILMA NA ESPANHA
Nesta semana a presidente Dilma
está na Espanha, objetivando melhorar o relacionamento econômico e turístico.
Do lado turístico, a questão se deve aos maus tratos que há três anos têm
crescido aos visitantes brasileiros, sobre o argumento de que o desemprego de
lá é o maior da Europa e que muitos dos brasileiros vão ‘tirar’ empregos de
seus compatriotas. O constrangimento atingiu a milhares de turistas, que não tem
nada a ver com o desemprego eleva do deles. Em resposta, a cerca de um ano o
Brasil passou também a adotar restrições aos visitantes espanhóis. O impasse
não foi resolvido. Quanto às questões econômicas se devem ao sistema de trocas
e de investimentos mútuos. É sabido que a recessão econômica diminuiu a
parceria comercial, que caiu pelo menos da metade desde o ano 2.000. No que se
referem às inversões estão em curso uma série delas, inclusive o convite para
que espanhóis participem do projeto megalomaníaco do Trem Bala Campinas-São
Paulo-Rio, exposto desde 1976, como solução para desafogar pelo menos a via
Dutra. As declarações econômicas à imprensa da presidente se resumiram as
críticas quanto ao excesso de austeridade adotada por eles, espanhóis, contra a
crise europeia, de que são necessários mais investimentos e de que o Brasil
‘ajudará’ o crescimento da Europa. Ora, o Brasil precisa, antes de tudo, é
‘ajudar’ o seu crescimento, cujas taxas dos dois últimos anos estão sendo
pífias. O que realmente mantêm o grau de investimentos brasileiro, concedido
pelas três agências internacionais, Fitch, Moody’s e Standard and Poor’s, é que
o Brasil, nestes cinco anos não ingressou em recessão, a não ser um pequeno
período de seis meses, na passagem de 2008 para 2009.
Pela primeira vez a presidente
Dilma se referiu ao julgamento do mensalão pela Suprema Corte, dizendo “acato
as suas sentenças e não as discuto”, até porque não pode, conforme a
Constituição. Em outras bocas até hoje se houve “decisões da Justiça não se
discutem; cumprem-se”. Fica no ar a soberba atitude da presidente de que não
deveria cumpri-la. Mas, vai cumprir mesmo. Os recursos que poderiam ser feitos
seriam ao STF. Os que já foram feitos, logicamente, foram recusados. Recorrer a
fórum internacional e ofender a soberania. Logo, não produzirá efeitos, mas
desgastes aos condenados.
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