09/11/2012 - INVESTIMENTO MULTIPLICADOR


Neste blog muito se tem falado, ou melhor, basicamente se tem escrito sobre economia brasileira e teoria econômica e vice-versa. Na sociedade capitalista atual, as ideias ortodoxas são aquelas de uma atuação do Estado como estimulador da economia. As ideias heterodoxas são aquelas do Estado indutor. Isto é, a primeira corrente é a do Estado mínimo na economia e máximo na política, visando preservar o poder por alianças partidárias, nem sempre adequadas. A segunda corrente é a de um Estado interventor, fazendo planejamento econômico e as reformas necessárias ao progresso, sem alianças partidárias que comprometam as metas econômicas de longo prazo, um resgate com séculos passados de dominado, espoliado, para a presença de uma Nação altiva, eficiente e eficaz. Ora, a corrente ortodoxa é aquela que vem desde o Plano Real, de 1994, em vIgor até hoje, mudando somente as alianças políticas. A corrente heterodoxa é aquela que se recorda que, há 40 anos ocorreu a última grande onda de investimentos, mas não pelo regime político, mas pela presença de c apitais internacionais baratos e pela poupança forçada. Na época da ditadura militar, no período conhecido como ‘milagre econômico’. A ditadura militar foi uma página virada e sem saudade. Mas, os investimentos realizados em cascata não. Naquela época o País cresceu em longo período por mais de 10% anuais e, em 1974, alcançou 14%. Nenhum governo depois se propôs a fazer inversões que assegurassem democracia e crescimento. Naquela época se dizia que crescimento não era desenvolvimento. Ledo engano. É sim. No parágrafo seguinte se comprovará de forma simples isto.

As inversões públicas são o investimento multiplicador, indutor do investimento privado, que é o multiplicador para serem obtidas elevadas taxas de progresso. Nestes 18 anos de Plano Real se estabilizou a economia, mas não se trouxe o progresso desejado, embora muito prometido. Por somente o item das inversões multiplicadoras pode o progresso ser aquilatado. O Brasil no período em referência somente investe algo como 2% do PIB, em infraestrutura. As Filipinas investem o dobro. Na América Latina, a Colômbia e o Chile, o triplo. Já a China aplica em obras sete vezes mais do que o Brasil.

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