08/11/2012 - MINISTÉRIOS DO EXECUTIVO
Não somente os ministérios são
prerrogativas do executivo e são os mais dispendiosos. Os tribunais superiores brasileiros, STF,
STJ,TCU, CGU, TST, TSE, juntamente com os 39 ministérios do executivo, mais os
deputados e senadores, constituem-se nos maiores salários da República, além
das mordomias do cargo, tais como carro,
seguranças, verbas de gabinete, dentre outros mimos. Aliás, em Brasília se
encontra o maior número de pessoas recebendo altos salários, ao ponto da renda
per capita de Brasília ser de quatro vezes, em média, maior do que a do Brasil
como um todo, bem como muito maior do que a do Estado de São Paulo. Até aqui, o
propósito é evidenciar o peso crescente do gasto público, que se eleva há
décadas acima do crescimento do PIB. Ao nível de Estados e Municípios não é
diferente. A máquina pública no Brasil é enorme, burocrática e cara.
Ontem, a Câmara aprovou a criação
do 40º ministério. Trata-se do Ministério da Micro e Pequena Empresa, que vai ao
Senado e depois será sancionado pela presidente Dilma, visto que foi uma das
promessas de sua campanha para a presidência. A nova pasta deverá abrigar o
partido mais novo da República, o Partido Social Democrático (PSD), que vai ser
mais um da base aliada do governo. Criado no ano passado, o PSD não integra
formalmente a base de apoio do atual governo. A criação do novo ministério foi
aprovada por 300 votos a favor e 45 contra. Isto porque o PSD conquistou também
centenas de prefeituras nas últimas eleições de outubro. Quer dizer, a economia
patina na estagnação, sendo necessária austeridade pública, mediante corte de
gastos e até mesmo de redução de ministérios, que fazem a mesma coisa, visando melhorar
a máquina pública, mas o governo faz justamente o contrário. Então dá a lógica
quando se reduz o investimento governamental, em favor do gasto público, a
economia só pode crescer menos.
Justiça se faça aos partidos de
oposição, que foram contra a proposta, já que o Ministério da Indústria e do
Comércio é um dos que mais cuida do assunto. A esse respeito, os jornais de
hoje colocam bem claro pelo menos a opinião do deputado Jutahy Magalhães Júnior
(PSDB-BA), que declarou; “É um ministério para atender interesses políticos e
partidários, e não aos interesses de micro e pequena empresa”. Ou, o que
declarou Domingos Sávio (PSD-MG): “É o inchaço da máquina pública. Já temos 39
ministérios”.
O novo ministério contará com 68
cargos de confiança. A previsão de pastos da pasta é de R$7,9 milhões por ano.
Também, neste valor, que não será real, disseram os governistas que os recursos
para arcar com as despesas do órgão já estavam previstos no orçamento de 2012.
Comentários
Postar um comentário