12/11/2012 - PETROBRAS




Nos últimos cinco anos a frota de veículos aumentou 30%, assim como a produção de gasolina se elevou também em 30%. No entanto, em razão de não ter havido crescimento expressivo da produção de etanol, a demanda de gasolina se ampliou para 56%. Em conclusão, o Brasil importa cada vez mais gasolina. Em termos relativos, o governo federal tem usado a Petrobras para manter os preços da gasolina e do óleo diesel artificialmente baixos. A diferença entre o preço doméstico e preço internacional para o óleo diesel é de 33%, já para a gasolina é de 27,5%.Na saúde financeira da estatal isto implica perdas de R$22 bilhões, de 2011 para 2012 (até outubro). Dessa forma o lucro da Petrobras vem sendo contraído. A baixa rentabilidade provocou desvalorização das ações da empresa em um ano de mais de 30%. Com baixos resultados a empresa não realiza os fortes investimentos previstos em seu plano de negócios anual e já prorrogou as inaugurações das refinarias. 

O controle que tem a Petrobras é de 98,4% sobre o refino de derivados. Com isso, a empresa está próxima de atingir o limite de produção, hoje em 98% da capacidade instalada.
Claro, nas atuais circunstâncias o consumidor é beneficiado. O governo federal se soltar os preços seguramente haverá efeitos de recrudescimento inflacionário.  Como 52% das ações da estatal está em mãos de investidores privados são estes que estão pagando a conta.

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