27/11/2012 - CRESCIMENTO E CORRUPÇÃO




Os governos do PT assumiram o poder em 2003, prometendo o espetáculo do crescimento, visto que a economia brasileira tinha 25 anos de modestas taxas, por volta de incremento do PIB pouco superior a 2% anuais. Na ‘carta aos brasileiros’ de 2002, o presidente Lula prometeu respeitar os contratos e ao assumir a presidência começou sendo mais ortodoxo do que FHC, para surpresa de todos. Vale dizer, governou em dois mandatos, com as mesmas bases do tripé econômico estabelecido por FHC, qual seja: meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. No primeiro mandato de Lula, tendo em vista a governabilidade, por pelo menos 20 anos, o PT executou o mensalão, o maior escândalo da história de corrupção no Brasil, onde foram arrolados 39 réus e condenados 25 deles. Mostrou assim, o PT, que não era diferente dos 30 partidos políticos brasileiros. Obviamente, que no segundo mandato de Lula, devido à estabilidade econômica, advinda desde o Plano Real (1994) e a onda de grande crescimento mundial da segunda metade da primeira década deste século, o período de Lula cravou 4% de crescimento médio anual do PIB. Não fora maior porque os escândalos da corrupção atrapalharam as reformas que ele poderia ter realizado. 

A presidente Dilma herdou de Lula uma máquina estatal pesada e corrupta. Na medida em que estourava um escândalo, ela afastava um ministro, a bem da moralidade. Foram sete cidadãos, todos indicados por Lula, mas, evidentemente com o consentimento dela. O ministério todo passou a ter cautela em demasia e passaram a atrasar investimentos, além da atuação moralizante da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União, da Controladoria Geral da União, do Ministério Público, bem como das investigações que são obrigadas a fazer das denúncias, a Advocacia Geral da União e as Agências Reguladoras, além das denúncias da imprensa. O governo federal tem demitido ou afastado os acusados, mas tem feito sempre operação de abafa, para dar os casos por encerrado. O pior de tudo, são escândalos dentro da própria presidência da república, que começou em 2005, com Valdomiro Diniz, com vídeos mostrando propinas, ele que era braço direito de José Dirceu, este, que era braço direito de Lula. A presidente Dilma pouco indicou, mas escolheu para o seu lugar na Casa Civil, antes de ser eleita, a sua chefe de gabinete, Erenice Guerra, que caiu na rede da suspeita, por tráfico de influência. Agora, estoura mais um escândalo, no gabinete da presencia da república, em São Paulo, na pessoa da chefia, Rosemary Nóvoa de Noronha, que fazia há 12 anos tráfico de influência. Também está denunciado no referido esquema o chefe adjunto da Advocacia Geral da União. A rede de escândalos ainda está sendo apurada pela Polícia Federal.

Sem dúvida, a corrupção, em máquina pesada de 39 ministérios, que ainda vai criar o 40º, pelos próximos dias, dificulta a gestão do País, atrasa o crescimento econômico e posterga investimentos indispensáveis ao progresso. Prova evidente disto é o anúncio de hoje na imprensa, de que está pronta a licitação para uma das maiores obras públicas do PAC, o “Trem Bala”, que terá prazo agora declarado de conclusão em 2020. Quer dizer é obra para mais de sete anos. Assim, os investimentos infraestruturais caminham pesadamente e atrasam o Brasil.

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