26/11/2012 - NEM-NENS
A sigla acima significa “nem
estudam, nem trabalham”. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), apesar do crescimento econômico do País, aumentou
o número de brasileiros entre 18 e 25 anos sem escola e sem emprego. Eles são
20% dos jovens. Um contingente de 5,3 milhões. No censo de 2.000, eles eram 4,8
milhões, representando na época 18,2%. O impressionante é que nem a redução do
desemprego, de 11% para menos de 6%, na década passada, nem a ampliação das
vagas de formação técnica e superior foram capazes de reverter a situação.
Cerca de um terço desses jovens explicam tal quadro pela maternidade, são
jovens mães. Outro terço acredita-se ser de uma juventude descontente, que não
se sente seduzida pela transição entre educação e trabalho. Outro terço credita
a má qualidade do ensino e postos de trabalho não atrativos, além de um grupo
de pessoas que pode estar envolvida na criminalidade, muito associada a homens
nessa faixa de idade. Causa ainda espécie o fato de que 70% do referido
contingente compõem os 40% mais pobres da população. Claro que há nas classes
sociais altas pessoas que não estudam, nem trabalham. Nos casos em que a
família tem mais recursos é mais fácil para os “nem-nens” se reinserirem no
mercado de trabalho.
O Brasil não está em crise, como
na Espanha, aonde aproximadamente 24% dos jovens encontravam-se na citada
situação em 2010. O percentual médio de jovens sem estudar, nem trabalhar,
entre os países membros da Organização para o Crescimento e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) é de 15,8%. Os 20%, que é o percentual brasileiro está muito
elevado em relação aos países da OCDE.
A economia brasileira do governo
Dilma, nestes dois anos está crescendo em média de 2,1%, abaixo da média da era
Cardoso, que foi de 2,3% e, da era Lula, que foi de 4%, mesmo assim o
desemprego brasileiro está em seu nível mais baixo da série histórica. Sem
dúvida, se o crescimento econômico voltar as dificuldades de mão de obra serão
crescentes.
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