21/11/2012 - MEDO DE CADEIA


A declaração do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, na semana passada, de que preferia morrer, ao invés de ir para a cadeia brasileira causou espécie na população. Ora, a maior autoridade da área reconhece que os cárceres no Brasil são explosivos, até porque a imensa maioria dos presos não trabalha, as celas estão lotadas e até com grande excesso, quer dizer, em condições insalubres, subumanas, onde persistem a selvageria, mediocridade, pederastia e grande desgaste humano. Entretanto, o medo do citado ministro também se deve ao fato de que seus colegas de partido, que foram as maiores autoridades do PT, José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, irão para cárcere privado. As cadeias brasileiras ao invés de reeducar para o bem o fazem para o mal. Geralmente, o preso quando sai dela, sai pior do que entrou. Além do mais, dentro dos presídios se criam facções que organizam o crime aqui fora. Impossível até agora foram as formas de deter que armas, telefones celulares, visitas íntimas, fugas, mortes de presos, rebeliões, injustiças de presos sem culpa lá estarem ou de que já cumpriram pena e continuam presos, dentre outros desvios.

Agora mesmo se presencia em grandes capitais o ordenamento do crime organizado de assassinar policiais militares, ao ponto de um líder deles afirmar que, por cada membro do Primeiro Comando da Capital morto, dois policiais militares seriam assassinados. Na semana passada, mediante o feriadão de 15-11-2012, nas três maiores cidades brasileiras, os assassinatos foram: em Salvador, com aproximadamente 3 milhões de habitantes, 25 mortes; São Paulo, com 13 milhões de vidas, 24; Rio de Janeiro, com 6,3 milhões de almas, 12. Isto quer dizer que, em Salvador, grande parte dos eventos se deve a má estrutura da segurança pública e a imigração de bandidos das áreas pacificadas do Rio de Janeiro e São Paulo. Em São Paulo, pelo conflito que recrudesceu nos últimos dias. Já, no Rio de Janeiro, é evidente que se está obtendo êxito com a instalação de Unidade Pacificadora de Polícia.

No Brasil existem cerca de 500 mil presos. Há um déficit de 127 mil vagas. Para agravar a situação, o Conselho Nacional de Justiça informa que existem 162.550 mandatos de prisão em aberto. Sem dúvida, os governos do PT estão devendo, e muito, soluções para combater a insegurança. A cidade de Nova York está aí para ensinar. Existem muitos livros que se referem ao combate à criminalidade que lá vem obtendo êxito.

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