28/11/2012 - EDUCAÇÃO E CRESCIMENTO




A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), baseada na Europa, há décadas que acompanha as formas de progresso de dezenas de países nesta direção. Trimestralmente, informa as previsões de crescimento dos países conforme os blocos em que são acompanhados. As informações que reproduz para os grandes emergentes, BRICS, Brasil, Rússia, China, África do Sul, dão conta de que a menor taxa a ser obtida em 2012 será a brasileira, PIB crescendo a 1,5%, o menor indicador dentre os cinco grandes referidos. O número é 1,1% menor do que a taxa projetada para a África do Sul, que se deparou com dois meses de greve de mineiros, um dos seus segmentos mais importantes da economia. A taxa projetada para o Brasil é um quinto da projetada para a líder, a China. Entretanto, a perspectiva para 2014 é melhor, projetando a OCDE para o Brasil 4% e 4,1% em 2014, ano no qual os negócios serão impulsionados pela Copa do Mundo. A OCDE informa que este quarto trimestre de 2012 retomará o maior crescimento. Os motivos principais para retomada são a recuperação pequena da economia chinesa, a desvalorização da moeda real e os incentivos fiscais concedidos à construção civil e a certos segmentos industriais. As perspectivas da OCDE para 2013-2014 estão em linha com que prevê o governo federal. As causas mostram a fragilidade da economia nacional de crescer mais com as próprias pernas, devido ao fato de que ela acredita que o Brasil será puxado pela economia chinesa, em suas compras, bem assim pelos incentivos fiscais. Para a OCDE o Brasil crescerá no futuro biênio mais do que o México, Rússia e África do Sul, mas ainda ficará atrás da China e da Índia. 

A OCDE é também quem calcula há décadas o nível da educação do ensino médio no mundo. (teste PISA). Na avaliação deste ano o Brasil ficou em 53º, dentre 76 países pesquisados. A sua nota é de reprovação. Sem dúvida, o baixo crescimento brasileiro tem como principal causa a deficiente educação da população brasileira, em sua maioria. Uma população educada é mais trabalhadora, mais produtiva, mais eficiente. Inclusive, em educação financeira, para poupar mais, cuja poupança global se traduza em mais investimentos. Porém, a situação ainda está longe de mudar. Hoje se divulga pela imprensa que o Brasil é o penúltimo lugar no ranking de educação da pesquisadora Pearson International, a qual calcula The Learning Curve (Curva de Aprendizado) e mede resultados de três testes internacionais, aplicados em alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental. Finlândia, Coréia do Sul, Hong Kong, Japão e Cingapura foram os países mais bem colocados no ranking, todos eles países ricos. O Brasil se coloca apenas na frente da Indonésia, ficando atrás de nações como Bulgária, Romênia, Chile, Argentina e Colômbia, dentre outros. A nota brasileira é de reprovação, portanto. O indicador da referida instituição é chamado de Índice Global de Habilidades Cognitivas, refere-se  ao cruzamento do teste PISA da OCDE, dos testes internacionais TIMSS e PIRLS, bem como dados educacionais relativos a cada país pesquisado.  

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