18/11/-2012 - EDUCAÇÃO EXEMPLAR




Sem dúvida, a grande revelação para o mundo é a educação na China. Na verdade, coube à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fazer a demonstração. Com dados coletados em 2009, a OCDE ampliou o leque de países avaliados para 75. Os estudantes testados possuíam 15 anos. As provas foram em matemática, literatura materna e leitura. A China ficou no primeiro lugar e o Brasil se colocou em 53º lugar. A OCDE fez mais, escolheu Xangai, uma das maiores cidades chinesas, para ser objeto do seu laboratório. A rotina educacional naquela cidade é intensa. O aluno chega à escola as 7:40 h, saindo somente após as 16:30 h. Por volta de 7 h da noite, depois do jantar e de um rápido descanso, faz lição de casa de 4 h em média.

A revista Exame, datada de 14-11-2012, apresenta em inúmeras páginas: “A China do futuro. E o futuro do Brasil. Em uma transição política histórica, os chineses definem agora seus rumos para as próximas décadas. A China será um concorrente cada vez mais sofisticado e agressivo. E a pressão sobre o Brasil vai crescer a cada dia.” Destaca a mudança do novo governo, os planos econômicos de cinco anos, cujas metas são rígidas para serem atendidas, as metas das empresas, a inovação como carro chefe, em destaque especial, a educação.

Nas escolas de Xangai o professor passa cerca de 2 h dentro da sala de aula. Nas outras 6 h prepara as aulas do dia seguinte. Os professores são avaliados pelo desempenho dos alunos, o que determina os bônus que recebem. Em Xangai, as escolas de pior desempenho são atendidas pelos melhores professores. O governo chinês aprovou uma lei que obriga todas as crianças a frequentar as escolas por, no mínimo, nove anos. Há 274 milhões de crianças matriculadas na China. Desse total, 1,3 milhão está em Xangai.

No Brasil não houve ainda uma reforma educacional que tenha educação integral e melhores professores. Existem inúmeras experiências, mas sem estarem ligadas. Por exemplo, os coordenadores de pais. Projeto piloto desenvolvido em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, visando contratar pessoas que aproximem mais os pais das escolas, evitando a grande evasão escolar, notadamente nas escolas mais carentes. Trata-se de projeto da Fundação Itaú Social. Portanto, de reduzido alcance. Logo, no Brasil existem inúmeras experiências, que terminam não sendo gerais, muitas delas, acabando pela descontinuidade. É preciso mesmo uma reforma efetivamente educacional.

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