27/05/2012 - ESGOTO E LIXO ABERTOS


Pesquisa inédita divulgada nesta semana pelo IBGE, acerca de infra-estrutura urbana, mediante exame dos dados do Censo de 2010, trouxe como principais conclusões de que 11% das casas brasileiras possuem esgotos a céu aberto e de que 5% das residências despejam irregularmente lixo. O levantamento contemplou 47,2 milhões de moradias. Mais conclusões foram ainda extraídas relativas à iluminação pública, pavimentação, calçadas, arborização, identificação do logradouro, bueiros, rampas para cadeirantes, dentre outros itens da vida nas cidades. Outras ilações virão em outros exames futuros.

A iluminação pública foi o item mais presente no Censo, cerca de 96,3% das moradias tem postes de luz com qualidade, o que se traduz em maior segurança para a população. Os domicílios com ruas pavimentadas atingem a 81,6%. Já 77% têm meio fio ou guia de quadra. Mais de 69% são calçadas. No entorno das cidades, 68% dispõem de pelo menos uma árvore. Por seu turno, 60,5% dos domicílios têm identificação do nome de rua na quadra, placas em postes, muros ou paredes de prédios. Por sua vez, 41,5% das residências possuem bueiros e bocas de lobo para captação de água de chuva.

Conforme a citada pesquisa, no entorno de grande parte das residências classificadas como “adequadas”. Isto é, abastecimento de água, rede de esgotos ou fossa séptica e coleta de lixo, a iluminação publica atinge 98,1%; pavimentação, 90%; meio fio ou guia, 8,1%; calçadas, 80%. Nesse conjunto, o esgoto a céu aberto foi menor, algo como 5,7% e o depósito em áreas de lixo inadequadas de 4,1% dos domicílios. O que é óbvio, quanto maior o rendimento mensal domiciliar per capita melhores as condições do entorno. O que é periclitante é quanto aos domicílios com menos de um quarto do salário mínimo per capita, as incidências de esgoto a céu aberto é de 24,9% e a de lixo inadequado de 8,2%. A lógica da percepção de renda também se verifica para a população de 60 anos ou mais, vivendo em domicílios urbanos com melhores condições em todas as variáveis pesquisadas do entorno. Crianças e adolescentes até 14 anos moravam em residências em áreas do entorno que apresentavam baixa qualidade.

A pesquisa confirma o que se sabe quanto às melhores condições de vida, na ordem de Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Nordeste, Norte. Ademais, se for dividida a população de 190 milhões pelo número de domicílios se têm 4 pessoas residindo por casa em média. Entretanto, o número está superestimado devido ao fato de que há muita gente morando nas ruas e nos matos, visto que o déficit habitacional está por volta de 7 milhões de moradias.



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