03/05/2012 - PIB POTENCIAL


No dia 01-03-2012 deste blog foi abordado o Produto Potencial. Na verdade, o mesmo assunto de hoje com nova roupagem de atualização. Tecnicamente, PRODUTO INTERNO BRUTO = CONSUMO DAS FAMÍLIAS + GASTOS DO GOVERNO + INVESTIMENTOS (PRIVADOS E PÚBLICOS) + EXPORTAÇÕES – IMPORTAÇÕES (PIB = C + G + I + X – M, letras usadas nos manuais para fazer modelos). É muito comum se relacionar as variáveis da demanda agregada (2º membro da equação) com a oferta agregada, o PIB. Ao introduzir a análise dinâmica, examinam-se as variações em cada variável macroeconômica acima. Por exemplo, o IBGE calcula o PIB trimestral e divulga as variações relativas das variáveis agregadas. Depois, examina as alterações em cada uma delas, mostrando a sua contribuição para o progresso econômico. O último trimestre fecha os dados do crescimento anual, geralmente divulgado no início do ano.

O PIB real acima citado pode ter até duas correções durante um ano. Por exemplo, em 2009, houve pequena recessão depois de mais de uma década. O PIB real inicialmente divulgado foi de – 0,6%; depois, de – 0,2%; enfim, - 0,3%. Os economistas estudiosos calculam o PIB potencial, que é de cálculo sofisticado e polêmico. De uma forma em geral, para a primeira década deste século, os economistas calcularam um PIB em média de 3% ao ano. Considerando os dois anos de FHC e os oito anos de Lula o PIB ficou um pouco acima de 3%. Não foi sem motivo que a inflação, que esteve nos meados da década menor do que 5% anuais, nos últimos anos ultrapassou 5% e cravou no ano de 2011 em 6,5%.

O PIB potencial é quanto o PIB pode se expandir com estabilidade de preços, sendo tolerada taxa de inflação de até 5%. O sistema de metas de inflação fixa o centro dela em 4,5%, com viés de baixa de 2% ou de alta de 2%. O PIB potencial depende da expansão de três fatores: 1) o investimento global, que é o capital fixo; 2) a qualificação dos trabalhadores, que é o capital humano; 3) e a evolução da produtividade, ou seja, produzir mais com os mesmos recursos.

Nos anos de 1980 e 1990 a economia brasileira patinou com taxas baixas de crescimento econômico, cujos cálculos do PIB potencial se situaram por volta de 2%, devido aos ajustes dos dois choques de petróleo dos anos de 1970, controle das finanças públicas e o domínio da inflação. Foram aproximadamente de 25 anos de baixas, até chegar ao Plano Real, quando a economia começou a estabilizar-se. Assim, o PIB potencial começou a subir lentamente, acima de 3%. Em 2010, o PIB alcançou 7,5%, quando o PIB potencial estava calculado para 4% a 4,5% pelos estudiosos economistas. Como resultado, em 2011, a inflação recrudesceu, fechando o ano em 6,5%, tendo o governo de elevar de 2010 para 2011 a taxa SELIC, o que resultou em baixo crescimento de 2,7% em 2011. A SEILIC já caiu pela sexta vez. As projeções do governo são de PIB subindo 4,5% neste ano e 5,5% em 2013. Os estudiosos economistas conservadores apontam PIB um pouco acima de 3% neste ano e de 4% em 2013.

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