26/04/2020 - FONTES DE DESEQUILÍBRIOS
A economia nacional padece de pelo menos duas fontes de
desequilíbrios. A primeira decorreu da desconstrução do superávit primário. O
Plano Real começou em 01-07-1994. Mas, no início do ano houve a implantação do
Fundo Social de Emergência, reforçando as finanças públicas. Entretanto, precisou-se
de quatro anos, para que o País começasse a ter superávit primário, que duraram
16 anos (de 1998 a 2013). Ocorre que no segundo governo de Lula e que foi estendido
por todo o primeiro governo de Dilma (de 2007 a 2013), o governo federal gastou
mais do que o crescimento do PIB. Dilma escondeu o déficit que parecia vir, através
das chamadas pedaladas fiscais. Ao lançar os verdadeiros custos do Estado,
Dilma apresentou o déficit primário em 2014 e este permanece até agora.
A segunda fonte de desequilíbrios há pelo menos 30 anos
decorre do baixíssimo incremento da produtividade. Samuel Pessoa, em artigo de
hoje da Folha de São Paulo, assim se refere: “A produtividade tem tido um
desempenho ruim a décadas – o longo ciclo de investimento liderado pelo setor
público entre 2006 e 2014 produziu má alocação generalizada do capital, agravando
o problema. Ambos desequilíbrios demandavam e demandam reformas de estruturais
de natureza fiscal e microeconômica: previdenciária, administrativa e
tributária, abertura da economia, dentre tantas outras... Sairemos da pandemia
com ociosidade ainda maior do que nela entramos... Há inúmeras obras paradas e não
por falta de recursos. Em muitos casos problemas regulatórios e gerenciais do
Estado brasileiro impedem que a obras avancem... Não há mágica. Teremos de
retomar a estratégia de ajuste fiscal”.
No momento de que o Ministro da Economia, Paulo Guedes tem
sua agenda liberal alterada, por uma tentativa de volta dos investimentos
públicos, de cerca de R$280 bilhões. O governo federal não sabe informar como
irá conseguir tal dinheiro. É o Programa Pró-Brasil.
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