03/04/2020 - DE ONDE VIRÁ O DINHEIRO
O governo federal se refere, através da equipe econômica, que
gastará mais de R$750 bilhões, pelas declarações do Ministro da Economia, que
vem elevando a estimativa a cada pronunciamento. Ora, desde 2014 que o governo
tem déficit primário. Isto é, as suas despesas são maiores do que as receitas e
sem contar com o pagamento dos juros, que, se somados, ao déficit primário,
seria o déficit nominal. Quer dizer, contabilmente, seriam crônicas as fontes
de dinheiro. Mas, economicamente, não são. O dinheiro contra a crise já
existia, devido ao desemprego e ociosidade da economia. Quer dizer, os recursos
dos capitalistas estão praticamente em caixa, aplicados em fundos imediatos e
de curto prazo no mercado financeiro. Os recursos geridos pelo governo estão em
fundos sociais (FAT, PIS, PASEP, FGTS, dentre outros) e depositados no Banco
Central como depósitos compulsórios o dinheiro dos bancos. Então, surgiu um
consenso entre os economistas, coisa inimaginável em muitas situações, de que o
governo pode gastar, em gastos correntes e não somente em investimentos, mesmo
para aumentar o déficit público além do aprovado, sem cometer crime de responsabilidade
fiscal, dado que o Congresso aprovou estado do País como de emergência, em face
do coronavírus.
O governo central se refere a que serão desembolsados mais de
R$750 bilhões, seja com recursos próprios ou recursos de terceiros, os quais
fazem a gestão. Dessa forma, pela injeção de crédito na economia, este está
estimado acima de R$500 bilhões. Para participar do pagamento de salários, além
do seguro desemprego, que vem de fundos, a estimativa é de que gastará R$51
bilhões, para o mercado de trabalho formal. Para o mercado de trabalho
informal, ao pagar R$600,00 a cada cidadão cadastrado e a mãe de família, sem
marido, R$1.200,00, a estimativa é de os gastos ascendam a R$98 bilhões. Os
diferimentos de tributos concedidos às empresas poderão representar cerca de
R$100 bilhões.
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