21/04/2020 - RELATÓRIO DE MERCADO FOCUS
Divulgado ontem a previsão semanal de cerca de 100
instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central, acerca do PIB, da
inflação, da produção industrial, da balança de pagamentos e do endividamento
brasileiro. O PIB há quatro semanas era previsto em 1,48% de incremento neste
ano. Há uma semana estava em – 1,96%. Nesta semana a mediana dos consultados
foi para – 2,96%. Ou seja, em menos de dois meses as projeções para o PIB se deterioraram
velozmente. A inflação oficial estava em 3,02% há quatro semanas. Há uma semana
baixou para 2,52% e nesta semana está em 2,23%. Ora, o IPCA está muito
influenciado pela enorme redução dos preços dos combustíveis, muito maior do
que os 30% da alta do dólar. Um fato inédito e histórico, o preço do petróleo
nos Estados Unidos foi ontem negociado com preço do barril negativo de até US$32.00,
para entrega imediata. O petróleo já foi extraído e a exportadora está pagando
para que outros o estoquem. Para entrega em junho foi negociado pro US$20.00 o
barril. Entretanto, nas primeiras horas de hoje tinha caído para US$16.00. Por seu turno, a taxa Selic estava em 3,75%.
Há uma semana estimada em 3,25% e agora está prevista em 3%. A produção
industrial há um mês estava prevista em crescer 1%. Há uma semana – 1,42%. Agora
prevista em – 2,25%. A balança em conta corrente fechava há quatro semanas em –
US$56,5 bilhões. Há uma semana em – US$45,45 bilhões. Agora estimada em –
US$40,80 bilhões. Para fechar o balanço de pagamentos, os capitais estimados
para ingressar a um mês eram US$80 bilhões. Há uma semana US$73 bilhões. Agora
estimados em US$70 bilhões. O endividamento líquido brasileiro há um mês era
previsto em 56% do PIB. Há uma semana estimado em 60%. Agora em 61% do PIB.
Na semana passada o Fundo Monetário Internacional (FMI)
apresentou seu relatório trimestral sobre a “Perspectiva Econômica Mundial”. O
FMI projetou que a pandemia do novo coronavírus vai levar a economia mundial a
registrar neste ano o pior desempenho desde a Grande Depressão de 1929. A média
das nações do globo foi estimada em - 3% do PIB. Para o FMI o Brasil terá a
pior recessão em 119 anos, recuando 5,3%. A estimativa dele para certos países
será pior do que para o Brasil. A Rússia – 5,5%. África do Sul – 5,8%. Estados
Unidos – 5,9%. Reino Unido – 6,5%. México – 6,6%. Alemanha – 7%. França – 7,2%.
Espanha – 8%. Itália – 9,1%. A estimativa para outros países do FMI que poderá
ser melhor do que a brasileira. Japão – 5,2%. Índia – 1,9%. China – 1,2%.
Para o economista-chefe do FMI, Gita Gopinath: “A magnitude e
a velocidade do colapso da atividade econômica que se seguiu à pandemia é
diferente de tudo o que ocorreu em nossas vidas. E há uma incerteza substancial
sobre seu impacto na vida e nos empregos.”
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