14/04/2020 - POLÍTICA ECONÔMICA DA SAÚDE VERSUS A DO EMPREGO




Em dezembro de 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS) obteve estudos que revelaram a existência de um novo coronavírus. Em janeiro, o centro da epidemia foi identificado na China, na cidade de 11 milhões de habitantes, em Wuhan. Uma das maiores cidades do mundo. Visando controlar a epidemia a China iniciou uma forma de isolamento social, chamada de quarentena. Acredita-se que, pelas viagens internacionais o novo vírus começou a espalhar-se pelo mundo, constituindo-se hoje em uma pandemia. Não há ainda uma vacina, mas dois remédios de combate à malária, existentes a cerca de 70 anos, tendo-se mostrado eficazes no seu combate, tais como o sulfato de hidroxicloroquina associada a azitromicina di-hidratada.

No Brasil, o primeiro caso foi revelado em março. Como a recomendação da OMS é de isolamento horizontal. Isto é, para todos, desativando parcialmente vários segmentos econômicos. O Ministério da Saúde, os Estados e os municípios foram aderindo a esse tipo de isolamento. No entanto, o motivo principal da política econômica da saúde, tanto no País como em muitos países, decorreu da rápida manifestação do vírus, que poderá causar a morte em média de 15 dias, havendo escassez de leitos e respiradores artificiais para atender aos doentes. Isso aconteceu com força na Itália, onde os mortos foram colocados pelo chão e logo incinerados. Entretanto, a questão do desemprego, que no Brasil é maior do que 11% da força de trabalho, tem-se agravado consideravelmente. Além dos 12 milhões existentes, mais 1 milhão se aproxima deles.

Assim, o brasileiro não sabe se escuta o Ministro da Saúde, que defende o isolamento horizontal, ou se escuta o presidente da República. Este defende o isolamento vertical, isto é, isolamento só dos mais velhos e que a economia seja logo reativada. Disse ele, no dia 10 passado, na semana santa, que: “Tenho dito desde o começo há 40 dias. Temos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego”.

São ambos os personagens do governo federal que, aparentemente, estão em contradição. Mas, não há isto. O que existe é a pressa presidencial de logo recuperar a economia, enquanto a preocupação do Ministro da Saúde é de que os leitos sejam suficientes para atender os enfermos. Agora, não há dúvida de que estão ganhando com a pandemia citada os supermercados, fornecedores de produtos básicos para eles, postos de gasolina, farmácias, multinacionais da área de saúde e governadores e prefeitos que decretaram estado de emergência, para fazer compras sem licitação.

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