07/04/2020 - PARECE MAIS NÃO É




A dedução que parece bem clara é de que o segmento importador de máscaras e de produtos farmacêuticos de combate ao coronavírus está tendo lucros extraordinários, visto a forte demanda para a área. Para a Associação de Importadores e Distribuidores (Abraidi) parece, mas não é. Na contramão está à elevação do preço do dólar de 33% neste ano até agora, que encarece as importações, além de redução na demanda de materiais usados em cirurgias eletivas, que estão suspensas. Com a moeda brasileira desvalorizada, quem está ganhando bem é o agronegócio. Mas, este não tem divulgado dados. No entanto, pode-se deduzir que o setor primário vai bem melhor do que o setor secundário e o setor terciário. Por exemplo, houve uma queda de 25% no transporte rodoviário na primeira semana de abril perante a primeira semana de março. O agronegócio recuou em transportes só 1,4%. O setor industrial teve retração de 38%, sendo a queda de 34% para o segmento da construção civil. Isto se observa na plataforma Fretebras.

Com a prorrogação ontem do isolamento horizontal de combate ao coronavírus no Estado de São Paulo, o comércio da capital prevê para este mês de abril uma queda de 45% no faturamento. Está difícil fazer estudos de impacto do combate ao coronavírus.

De repente, há bancos que preveem até 6% de recuo do PIB. O Santander Brasil reviu sua estimativa de -1% para – 2,2% de recuo do PIB. O cenário é um dos cinco que referido banco trabalha. A projeção mais pessimista é de – 6% de queda do PIB, atribuindo 25% de chances. A mais otimista é de retração de – 0,4%. Por seu turno, o Banco Itaú estima, no pior cenário, a retração de – 6,4% do PIB.

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