25/04/2020 - AUXÍLIO EMERGENCIAL
O Congresso Nacional aprovou R$600,00, além de R$1.200,00
para a mulher cabeça do casal, em duas parcelas, quando o governo federal tinha
mandando proposta de R$200,00. O presidente da República sancionou a lei
emergencial, em resposta a atender as necessidades dos trabalhadores informais
à pandemia do novo coronavírus. Ademais, permitiu aos participantes do Programa
Bolsa Família a optarem por receber seu benefício específico ou o auxílio
emergencial. As pressões na Caixa Econômica Federal foram muito grandes,
principalmente, por aqueles pleiteantes dizerem que o valor de R$600,00 era
muito pouco e pediram a segunda parcela de R$600,00. O governo federal
concordou e até marcou datas de pagamento escalonado. Contudo, ontem mesmo
voltou atrás, visto que os recursos do pagamento sairiam do cofre da Caixa e
não estavam previstos no orçamento atual de emergência. Fez isso porque foi
alertado que usar bancos federais para pagar débitos fora do orçamento aprovado
pelo Congresso seriam pedaladas fiscais, o mesmo motivo que originou a cassação
do mandato pelo Congresso, da ex-presidente Dilma. A propósito, o presidente
Bolsonaro já tem 24 pedidos de impeachment na sua mesa, aguardando que o
presidente da Câmara paute um dos pedidos. O próprio Supremo Tribunal Federal
já pediu a ele que informe os motivos pelos quais ainda não pautou.
Cálculos do governo indicavam 25 milhões de cidadãos nessas
condições. Mais de 33 milhões já receberam a ajuda. Apresentaram-se 45 milhões
de solicitantes e há ainda muitos que não se cadastraram por não conseguir
romper a burocracia para o benefício. A diferença de pelo menos 20 milhões
mostra que o governo central não tem a dimensão do número de pessoas em
condição de miserabilidade e pobreza. O que de fato ocorreu? Havia um grande número
de desempregados, mais os novos desempregados, que, segundo, Bolsonaro, “está
na casa de milhões o número de pessoas que perderam emprego formal”, mais
aqueles que não constavam das estatísticas, mas alegaram estar em subemprego ou
na informalidade, mais o pessoal do Programa Bolsa Família que gostaria de
também receber o auxílio emergencial, juntos, compõem um verdadeiro exército de
reserva de mão de obra.
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