29/11/2019 - DÉFICIT PRIMÁRIO É O MENOR EM QUASE CINCO ANOS
No último mês de outubro, o déficit primário acumulado é o
menor de 2016 para cá. O déficit primário é a diferença entre as receitas e
despesas do governo, que poderia ser superávit primário, como ocorreu de 1998
até 2014 (16 anos consecutivos). Porém, de 2014 para 2019 todo ano se teve
déficit primário. Em 2014 fora de R$17,2 bilhões; em 2015, R$114,7 bilhões; em
2016, R$161,3 bilhões; em 2017, R$124,4 bilhões; em 2018, R$120,3 bilhões. Para
este ano está aprovado, pelo Congresso Nacional, déficit de R$139 bilhões. Mas,
de janeiro a outubro, o déficit acumulado está em R$63,8 bilhões. Agora em
outubro houve superávit primário de R$8,7 bilhões. Não se sabe como será em
novembro e dezembro. Porém, por certo, o caminho é do déficit deste exercício
ser o menor desde 2015. Não será zero, como prometido pela campanha
presidencial de 2018. Entretanto, será bem menor do que o esperado desde o ano
passado.
O déficit primário, divulgado pelo Tesouro Nacional é a soma
do saldo de suas contas, da Previdência Social e do Banco Central. No mesmo
período do ano passado fora o déficit primário de R$72,3 bilhões. O resultado
acumulado em 10 meses deste ano é o melhor desde 2016. O governo federal vem
trabalhando para fechar o ano com saldo negativo próximo de R$80 bilhões.
O déficit primário deste ano se reduziu com os recursos
obtidos dos leilões do petróleo e das melhoras na arrecadação. No entanto, é
necessário fazer um esforço maior para a recuperação de créditos federais, com
as privatizações e novos leilões de investimentos na infraestrutura.
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