12/11/2019 - MUDANÇA DE HÁBITOS NAS FINANÇAS




Até 2016 os juros nominais da taxa básica de juros eram por volta de 14,5% anuais, quando a ex-presidente Dilma foi afastada do poder, por desobedecer a lei de responsabilidade fiscal. O ganho real estava em torno de 7% ao ano. Michel Temer iniciou a retração dos juros básicos, entregando ao Jair Bolsonaro a taxa nominal em 6,5%. Os juros reais foram para cerca de 2%. Nestes mais de 10 meses de governo. A taxa SELIC já se retraiu três vezes, estando em 5%. Promete ainda o governo entregar a 4,5%. Os juros reais ficaram abaixo de 1% ao ano. Os investidores financeiros mudaram de hábitos. Deixaram de aplicar em títulos respaldados no Certificado de Depósito Bancário, em fundos com remuneração fixa em percentual do Certificado de Depósito Interbancário, migrando para a bolsa de valores, aplicações de fundos multimercados, fundos imobiliários, em debêntures e outros papéis de longo prazo, tal como Tesouro Direto.

Atualmente 5% de juros e inflação baixa, nunca tiveram nesses patamares, desde o início do Plano Real, em 1994, que estabilizou a economia. As aplicações financeiras, depois de descontada a inflação, pouco ganho ou quase nenhum está sendo obtido. O perfil dos investidores deverá mudar. Mas, do lado dos tomadores de crédito os juros estão elevadíssimos, como os do cartão de crédito, cheque especial e crédito direto ao consumidor. O mercado financeiro ainda pouco competitivo, hoje em dia começou a mudar, perante a existência de financeiras mais ágeis (fintechs).

O Banco Central, como xerife do mercado financeiro está estimulando redução de juros e maior competitividade entre os bancos, cujos particulares estão financiando à produção agropecuária, à indústria, ao comércio e serviços, quando mais ficavam no crédito direto ao consumidor e em financiamentos ao setor terciário. Viviam muito mais de cobranças de taxas dos seus serviços.

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