26/11/2019 - RETOMADA COMEÇOU
As estatísticas do IBGE, do terceiro trimestre do ano,
continuam a demonstrar que o País está crescendo em ritmo maior do que nos três
últimos anos (2017-2019, incluído), quando o País cresceu por volta de 1% ao
ano. Para 2020, quase todos analistas econômicos que se têm pronunciado se
referem a um crescimento maior do que 2%. A Folha de São Paulo de hoje se
refere, em editorial, cujo título é “Modesta retomada” e ele mesmo diz que o
crescimento econômico está se acelerando. Ora, crescer de 1% para 2% é crescer
no mínimo 100%. Agora, se o crescimento está acelerando-se, é claro que o
crescimento do ano que vem poderá ser maior do que 2%, bem como dos dois últimos
anos do atual mandato de governo federal. O que tem sido firme: a geração de
empregos. Até outubro mais de 800 mil empregos líquidos foram gerados com
carteira assinada. Há projeções de que sejam gerados neste ano 1 milhão de
empregos. Se, no início do ano, tinha-se por volta de 13 milhões, 1 milhão
representa incremento de 8%. Em termos absolutos, pensa-se que é pouco, porque a
recessão de 2014-2016 acrescentou mais de 6 milhões de desempregados. Em termos
relativos, pensa-se que é muito por ser 8%. O que se tem esperado seria a
retomada com a recuperação em 2020, voltando o PIB ao nível de 2013. E com mais
força de retomada nos dois anos seguintes. Porém, um salto pode levar a uma
queda. O importante é que o crescimento seja consistente.
Por exemplo, o déficit primário aprovado pelo Congresso foi
de R$139 bilhões. As primeiras estimativas dão conta de que não ultrapassará
R$80 bilhões. Se as reformas continuarem sendo aprovadas, se os leilões e
privatizações obtiverem êxito, o crescimento deverá ser substancial. O sinal
mais positivo vem das vendas do varejo, cujo último trimestre cresceu 1,4%.
Anualizado seria 5,6%. As liberações do FGTS poderão ser estender até o ano que
vem. Provavelmente as vendas do varejo continuarão a crescer. Ora, o varejo
puxa o setor industrial, que vinha bastante debilitado, além de puxar também o
setor de serviços. Os acordos comerciais com o Mercosul e a China impulsionarão
mais ainda a agropecuária.
O problema todo das estatísticas do IBGE é de que elas vêm
bastante defasadas em dois meses. O terceiro trimestre se encerrou em setembro,
tem-se dois meses depois, nos quais os sinais são de acentuada melhoria do aparelho
produtivo. Sem dúvida, o crescimento poderá ser mais do que o estimado pelos
analistas econômicos.
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