25/11/2019 - AUSÊNCIA DE UM PLANO DE BIOECONOMIA




“O Brasil deveria ter uma estratégia nacional de bioeconomia”, isto foi declarado por Christian Patermann, criador das primeiras políticas bioeonômicas da União Europeia, reconhecendo que o País tem um imenso potencial na área, mas carece muito de organização. Para ele, o Brasil é rico em recursos biológicos, mas sua problemática na referida área é como explorá-los de forma sustentável. Revista Exame, de 13-11-2019. Não é que o País não tenha um plano de bioeconomia. Ele não tem nem um plano estratégico da economia como um todo. Os segmentos produtivos ligados à bioeconomia representam parte relevante da economia nacional, principalmente na agricultura. Porém, precisa melhorar muito o ambiente geral de negócios. Por oportuno, a janela chinesa que se abre para o setor primário, devido as divergências da China com os Estados Unidos, podem ser mais do que duplicados os negócios da área, conforme disse o ministro Paulo Guedes, no encontro recente dos BRICS. A revista Exame citada, apresenta um estudo baseado em trabalhos do BNDES, Ministério de Minas e Energia e Confederação Nacional da Indústria, cujo resumo está exposto a seguir: o potencial atual é de US$286 bilhões ou 13,8% do PIB. O valor subiria para US$326 bilhões se fossem considerados os bens agrícolas processados no exterior. A participação da bioeconomia por setores teria na agropecuária 57% do produto; na indústria, 22%; no setor de comércio e serviços, 21%.

Os entraves estão entre falta de integração entre iniciativa privada, governo e academia; falta de capital humano, de infraestrutura básica, de pesquisa, de segurança jurídica e das reformas estruturais prometidas.




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