10/11/2019 - DESPERDÍCIO DE CAPITAL HUMANO
Conforme o IBGE existem 2,5 milhões de cidadãos com nível superior
desempregada, desalentada e trabalhando menos horas do que uma jornada de
trabalho normal. No segundo trimestre de 2014, quando se instalou uma forte recessão,
até final de 2016, existiam 930 mil pessoas naquela época e hoje são 2,5
milhões com carteira de trabalho ou na informalidade. Em 2014 eram eles 5% dos
mais escolarizados, saltando para o dobro em 2018. Entre 2013 a 2018, o IBGE
calculou que o mercado de trabalho informal absorveu quase 1,7 milhão de trabalhadores
com diploma universitário. Desse total 318 mil aceitaram vagas em uma das 50
ocupações que mais empregavam pessoas com nível fundamental ou médio completo. De
dez pessoas empregadas no período em tela, 2 tinham nível superior. Um
desperdício de capital humano, já que pessoas qualificadas ocuparam funções que
não exigem tanta qualificação. Os números estão subestimados já que se computou
somente 50 carreiras. Quando trabalhadores mais qualificados ocupam vagas com
menor qualificação se abrem distorções no mercado do trabalho.
Ao dobrar o número de pessoas com nível superior completo em
trabalho precário se tem grande desperdício e isto pode reduzir o processo de cresci
mento econômico.
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