14/11/2019 - REUNIÃO DOS BRICS EM BRASÍLIA
Iniciou-se hoje em Brasília, a 11ª reunião de cinco grandes
países emergentes do mundo, a saber, Brasil, Rússia, Índia, China, África do
Sul, bloco chamado de BRICS, criado em 2006. Entre eles existe um banco que se
destina a financiar projeto no âmbito desses países. Em reunião do Novo Banco
de Desenvolvimento dos BRICS o Ministro da Economia, Paulo Guedes, discursou: “Estamos
conversando com a China sobre a possibilidade de criarmos o free-trade-area,
também com a China, ao tempo em que falamos em entrar na OCDE {Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade que reúne países que atuam com
economia de mercado}”.
Em troca de amabilidades, a China disse que não haveria
problemas que o Brasil vendesse mais para ela; Guedes destacou que o movimento
de redução do saldo comercial com a parceira não seria problema. O que
interessa seria que se aumentassem os fluxos de comércio entre ambos os países,
duplicando ou triplicando. “O que mais queremos e mais integração ainda”,
referiu-se ele.
Atualmente, a China é o maior parceiro comercial brasileiro.
No ano passado o saldo comercial para o País ficou positivo em US$29 bilhões.
Em 2018 mais de 25% das exportações nacionais foram para aquele país. Quase 90%
dos bens exportados são commodities, enquanto os semimanufaturados respondem
por 8% e os manufaturados por 2%. As vendas de soja, petróleo e minério de
ferro correspondem a 79% da pauta. Já as importações dos brasileiros 98% são de
manufaturados. Outros 2% são de produtos básicos. Referido comércio tem sido
bom para o Brasil, mas a China sai ganhando, na estratégia econômica, por que
logra vender essencialmente produtos com alto valor agregado, o que alavanca o
seu forte crescimento.
Guedes se referiu também ao fato de que o Brasil passou cerca
de 40 anos com uma economia muito fechada. A sua gestão irá à busca de reverter
tal cenário. Parodiando JK, disse: “Queremos nos integrar, perdemos tempo
demais, temos pressa. Nós vamos fazer 40 anos em 4”. Sim, este é o mandato de
Bolsonaro. Relembre-se aqui que JK teve um mandato de cinco, daí o seu forte slogan
do Plano de Metas, de 1956, “crescer 50 anos em 5”.
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