27/09/2019 - CESSÃO ONEROSA DO PETRÓLEO
Em 2010, a União promoveu leilão de uma área na bacia
petrolífera da camada do pré-sal, calculada em 5 bilhões de barris, cedida à
Petrobras, que, em troca, passou ações à União. Hoje, depois de iniciada a
exploração e após pesquisas, vê-se que a jazida era o triplo do que fora cedido
à Petrobras. Tal excedente estimado em 10 bilhões de barris será levado à
leilão, provavelmente, ainda neste ano, no qual tomarão partes empresas
privadas. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) anunciou que irá tomar medidas
inéditas para elevar a competitividade. A União, por seu turno espera arrecadar
R$106,5 bilhões. A esse respeito, tal valor deverá ser dividido entre União,
Estados e Municípios. Porém as regras ainda não estão definidas. No dia de
hoje, o Congresso Nacional promulgou uma emenda constitucional que viabiliza
referido leilão, que poderá ser realizado ainda neste ano. Os pagamentos serão
feitos à Petrobras, que repassará ao governo.
Conforme dito aqui antes, a recuperação da economia está em
curso, de forma lenta. Mas, os recursos dos leilões e das privatizações serão
recursos que muito servirão à economia voltar a crescer a taxas acima de 1%.
Quiçá, 3% ao ano. Hoje mesmo o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros veio
destoar da maioria dos analistas financeiros, que acreditam que a economia
crescerá entre 0,8% a 0,9%. Esse 0,9% foi a elevação do último boletim Focus. Para
Mendonça, o crescimento de 2019 será superior a 1%.
O dinheiro de novos leilões e privatizações demora a chegar
ao caixa do governo e hoje a dívida pública ultrapassou, pela primeira vez, os
R$4 trilhões. Isso ocorreu porque o governo precisa emitir títulos para fechar
o rombo das contas públicas. Para a maioria da população tal cifra passa
praticamente despercebida. No entanto, é o maior problema do governo federal,
que não o resolve e joga para a frente, desde a independência política.
Comentários
Postar um comentário