14/09/2019 - PETROBRAS FIM DE UMA ERA NA BAHIA
A criação da Petrobras na Bahia se iniciou em 1950 com o
início d Refinaria Landulpho Alves, a primeira do País. Nela são refinados,
diariamente 3 tipos de produtos, como GLP, gasolina, diesel e lubrificantes. Em
1970 foi criada a Petrobras Distribuidora. Em 1971, surgiu a Nitrofertil, atual
Fafen, começando suas atividades de fertilizantes nitrofertilizados, a partir
do gás natural dos campos produtores da Bahia e de Sergipe. Agigantou-se a
estatal na química, petroquímica e atividades afins. O que ninguém esperava foi
o primeiro choque do petróleo, em setembro de 1973, fruto das divergências e
guerras entre árabes e israelenses. Os preços do petróleo subiram enormemente e
encareceu custo de vida do mundo inteiro. Pensou-se que os preços dele
recuariam. Mas, não, em setembro de 1979, veio o segundo choque de petróleo, o
que turbinou a riqueza mineral. Já em 1974, a Petrobras partiu fortemente para
a produção petrolífera na plataforma marítima. Aos poucos este tipo de riqueza
ficou relativamente mais barato lá do que a produção na área mediterrânea. O
eixo produtivo foi saindo do Nordeste, Bahia, Sergipe e Alagoas, indo para a
região Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em 1997 ocorreu o
fim do monopólio da petrolífera, sendo feitos mais ainda contratos de risco com
multinacionais produtores. Portanto, o petróleo nordestino se afastou dos
custos de produção e o País se tornou de tecnologia mais moderna de petróleo,
em busca de competitividade, no Sudeste.
A planta industrial de Landulpho Alves foi se tornando
obsoleta. Mais ainda, a Fafen tem apresentado cerca de R$200 milhões de
prejuízo anual. Em 2010 se iniciou a construção da obra faraônica em Salvador,
a Torre da Pituba, estando o empreendimento denunciado no esquema de propina da
operação Lava Jato. Em 2018, a Petrobras anunciou o fechamento da Fafen. Em
2019 a estatal colocou sua primeira refinaria à venda. Procurando, então,
comprador para a fábrica de Mataripe.
Em resumo, a petrolífera reduziu as atividades na Bahia e
deixa milhares de funcionários apreensivos. Aqueles que não forem demitidos
serão transferidos para os Estados do Sudeste. Nos últimos dias houve ataques
na maior fábrica do mundo, na Arábia Saudita e os preços do petróleo voltaram a
disparar novamente.
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