28/07/2019 - SITUAÇÃO RUIM DOS ESTADOS
Depois de cinco anos de déficits primários dos três níveis de
governo, grave crise fiscal acomete aos Estados. A União tem muito pouco como
socorrê-los. A saída do reescalonamento de dívidas tem limites muito curtos,
devido às estimativas das capacidades de pagamento deles e dos limites da Lei
de Responsabilidade Fiscal. Os problemas vão da folha de pagamento de pessoal à
manutenção dos serviços públicos básicos. Assim, pelo menos 17 unidades da
federação divulgaram que pretendem fazer parcerias público/privadas, nos mais
diferentes segmentos de sua atuação, além de venda e extinção de empresas
públicas.
Oito unidades federativas já declararam, conforme publicação
de jornais. Rio Grande do Sul. Vendas de CRM, Sulgás, CEE-D (distribuição),
CEE-GT (geração), falta aprovação do Legislativo. Santa Catarina. Pretendendo vender
quatro empresas, concessões do aeroporto de Chapecó e de centro de eventos de
Camboriú. Paraná. Vendas do Copel-telecom e da Compagás, mais concessões de
aeroportos regionais. São Paulo. Concessões de 12 quilômetros de estradas, das
marginais Pinheiros e Tietê, de 23 aeroportos regionais, duas linhas de metrôs,
serviços de transportes intermunicipal da grande São Paulo e privatização da
Sabesp. Rio de Janeiro. Quer vender a CEDAE (água e esgotos). Minas Gerais. Privatizar
2.500 quilômetros de estradas. Distrito Federal. Estuda vender o metrô, o Banco
de Brasília e a Companhia de Saneamento. Acre. Avalia vender a fábrica de
camisinhas de Xapuri, dois frigoríficos, floresta de Juruá e a Companhia de
Serviços Ambientais.
Os fundamentos da economia estão melhorando, tais como inflação
baixa, juros reais de 2% ao ano, reforma da Previdência em curso, privatização da
Br Distribuidora, leilões e concessões de estradas, aeroportos, portos e de
exploração de petróleo. O fato é que existem muitos sinais de que a economia se
reativará, estando incerto quando começará mais forte a geração de empregos.
Porém, falta dar a largada. Está demorando muito e a asfixia é geral.
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