11/07/2019 - RISCO-PAIS CAIU AO MENOR NÍVEL DESDE 2013
O Risco-País de 5 anos (ou, em inglês, CDS = Credit Default
Swap, medido em dólares), espécie de seguro contra o calote, espécie de contrato
de derivativo de 5 anos, ontem bateu seu nível mais baixo, comparável a
setembro de 2014, quando Dilma Rousseff era favorita a ganhar a reeleição, ao nível
de quando o Brasil tinha o selo internacional de bom pagador, que fora retirado
em setembro de 2015, quando o Brasil retornou a ter déficit primário, após 16
anos consecutivos e havia já sinais de que o País tinha ingressado em recessão,
o que ocorreu por 11 trimestres consecutivos, do segundo trimestre de 2014 ao
último trimestre de 2016, a US$132.27. Em janeiro de 2014 estava a US193.00. Queda
de 42%. O CDS funciona como um termômetro para aposta no mercado financeiro do
País caiu pela aprovação do texto-básico da reforma da Previdência e pela
perspectiva do corte dos juros nos Estados Unidos. Isto, conforme o mercado
financeiro. Entretanto, como os capitais externos aplicam no mercado financeiro
brasileiro, deve-se acrescentar a queda da taxa inflacionária de junho, próxima
de zero, a menor taxa mensal deste ano, que poderá ajudar a atraí-los. O valor
máximo do CDS desta década ocorreu em setembro de 2015, a US$533.32. Desde
então a nota brasileira de grau de investimento caiu três vezes, numa visualização
de que o Brasil ingressaria em forte recessão. O Brasil poderá até subir uma
casa no grau de investimento, mas faltará ainda mais duas, conforme Zeina
Latif, da XP Investimentos. O dólar, por sua vez, caiu a R$3,759, no dia de
ontem.
Por seu turno, a bolsa brasileira bateu mais um recorde,
ontem, a quase 16 mil pontos, no fechamento, embora no dia estive até acima
deste patamar, ante a informes de que seria aprovado no dia, conforme foi. O
fato se reverte na aposta de que o déficit primário poderá cair e, quiçá, ser
anulado, ao médio prazo, ate 12 meses. No clima de euforia, o Ministro da
Economia, Paulo Guedes, antecipa com novas medidas de política econômica a serem
tomadas na próxima semana, além do fato de que a Câmara de Deputados já
escolheu a comissão especial, que irá examinar a reforma tributária, e a
reforma do pacote anticrime avança naquela Casa. O resultado da aprovação do
texto-base da Previdência, mediante 379 votos a favor (74% dos votantes) contra
131 a favor, indica que os ventos de reformas estão indo ao governo.
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