24/07/2019 - PROJEÇÕES DO PIB NO GLOBO
É interessante acompanhar uma série de organismos nacionais e
internacionais, que fazem projeções mensais, trimestrais, anuais, dentre
outras. No Brasil, IBGE, FGV, FIPE, BC e outros. Internacionais: Fundo
Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BIRD), ONU e seus organismos. A
projeção impactante do dia de ontem foi a do FMI. Ele cortou a menos da metade
a sua previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano. Em
atualização divulgada, o FMI passou a estimar uma expansão de 0,8% para o PIB brasileiro,
a mesma da última perspectiva divulgada pelo BC. Em abril, a expectativa do FMI
era de 2,1%.
Miriam Leitão, no jornal O Globo de hoje, fez um artigo, intitulado
“PIB fica para trás”, quando coloca que a previsão mundial do PIB do FMI, para
o período de 2019 a 2022, de 3,5% ao ano. Para as economias emergentes cerca de
4,6% anuais. Para a América Latina, 2,1% ao ano. Para o Brasil, média de 2%
anuais, com as reformas estruturais, no mesmo período. Ela não tirou a maior
ilação dos dados, ou seja, os emergentes puxam a economia mundial e se
distanciam dos demais países, tais como os carros-chefes da Índia e da China,
que crescem acima de 6% anuais. A América Latina está seguindo bem atrás e o
Brasil mais ainda. Data vênia, embora cite a jornalista que a projeção
brasileira é da FGV, a taxa está bastante subestimada, mediante as citadas
reformas estruturantes. Ademais, ela ainda se refere a que poderá haver um
choque de energia barata, principalmente relativa ao gás, que está prometido a
ser vendido à metade do preço, depois da ampliação da sua oferta energética, que
está baixa, por volta de 10%, o que provocaria redução de custos,
principalmente industriais e tornaria mais competitivas as empresas nacionais.
Enfim, são também esperadas privatizações e baixa da taxa de juros, os quais
impulsionarão novos investimentos.
A presença desta coluna tem de ser crítica e adicionar dados
que possam clarear mais a perspectiva futurista. Miriam ainda faz “destaques da
bolsa”, quando afirma que “As empresas que prestam serviços de energia,
transporte e água são destaques na bolsa este ano. O índice de Utilidade
Pública (Util), que reúne ações desses ramos, disparou mais de 30%, deixando
para trás os setores imobiliários, de consumo e financeiro. O economista Felipe
Viana, sócio da Valor Investimento, explica que esses papéis subiram na
contramão da queda das projeções do PIB. ‘São empresas mais constantes e que
não dependem tanto dos ciclos de crescimento. Quando o mercado entendeu que a
economia não iria mais crescer 3%, esses papéis se valorizaram. A aprovação da
Previdência também ajudou, porque vai permitir novos cortes da SELIC’, disse”.
Ora, essas são empresas que fornecem insumos e, obviamente, sinalizam com
crescimento econômico futuro ainda que não se apresentem na atualidade.
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