13/07/2019 - BRETTON WOODS FAZ 75 ANOS
Em 1944, de 01 a 22 de julho, reuniram-se representantes de
44 países, na cidadezinha de Bretton Woods, estado americano de New Hampshire,
para estabelecer regras de convivência entre as trocas das diferentes moedas
mundiais, em transações econômicas. Estabeleceu-se o padrão ouro, que vigorou
até 1971, um câmbio fixo, quando então o presidente Richard Nixon tornou o dólar
inconversível, após insistentes apelos do presidente francês Charles De Gaulle,
de trocar as imensas reservas em dólar que tinha a França por ouro. Mais de 60
países aderiram, depois do término da segunda guerra mundial, em 1945. Paulatinamente,
outras adesões se fizeram e hoje todos os países fazem parte do acordo de
Bretton Woods, que criou o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o
Acordo Geral de Tarifas (nome em inglês de GATT, transformado na atual
Organização Mundial do Comércio). A partir daquela época o câmbio se tornou
flutuante. Como o dólar é a moeda usada em 80% das transações mundiais tem a
sua garantia pelo poderio da economia americana de cerca de 25% do PIB global. O
PIB americano já chegou a 40% do mundial, antes da segunda grande guerra. Representando
o Reino Unido esteve John Maynard Keynes.
O Brasil fora representado na conferência pelo Ministro da Fazenda,
Eugênio Gudin, mais dois estagiários, Roberto de Oliveira Campos e Octávio Gouveia
de Bulhões. Estes dois foram ministros do regime militar, os responsáveis pelo
Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), de 1965, sendo o maior conjunto
de reformas capitalistas feitas no Brasil até hoje. As bases estão aí com o
Conselho Monetário Nacional, o Banco Central, a Comissão de Valores Imobiliários,
a lei das sociedades anônimas, mais as reformas política, administrativa,
tributária, financeira e do comércio exterior.
A ideia central da referida conferência era promover a
cooperação internacional. Mas, os países se alternaram em liberais ou
protecionistas no comércio internacional. No entanto, os países foram criando seus
grupos de livre comércio entre eles. O mais forte é o Nafta, composto pelos Estados
Unidos, Canadá, México e Chile, o segundo é a Organização dos Países Produtores
e Exportadores de Petróleo. O terceiro é a União Europeia. O quarto e bem
raquítico é o Mercosul.
Desde 2017 que o presidente Donald Trump retornou ao
protecionismo. Em seu discurso de posse ficou claro: “A América acima de Tudo”.
Baixou impostos das empresas de 35% para 21% e bloqueou nova onda migratória.
Somente seriam bem vindos aqueles empresários que tivessem mais de US$100 mil
de capital, depois da triagem da imigração. São suas palavras taxativas no
discurso: “Devemos proteger nossas fronteiras contra os estragos causados por
outros países fazerem nossos produtos, roubarem nossas empresas e destruírem nossos
empregos. O protecionismo conduzirá à grande prosperidade e força”. Desde então
a economia americana cresce sustentavelmente a taxas muito boas para um país
desenvolvido.
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