05/07/2019 - BOLSA EM RECORDE COM INDICADORES DIVERSOS
A bolsa de valores do Brasil, ou, Bolsa de Valores de São
Paulo (BOVESPA), ou, B3, atingiu ontem novo pico histórico de fechamento em
103.636 pontos, alta de 1,56% no dia. A explicação de sua elevação se deveu à
aprovação do texto-base da reforma da Previdência, na comissão especial da
Câmara, indicando que a reforma previdenciária será aprovada ainda neste ano. A
leitura dos investidores é de que a aprovação abre espaço para o texto global da
reforma da Previdência ser aprovado no plenário da Câmara antes do recesso
parlamentar deste julho. Por seu turno o dólar comercial recuou para R$3,76,
assunto já tratado aqui ontem, pelo grande saldo negativo de saída de cambiais
em junho e no semestre todo, antecipando o fato relevante. Geralmente, a bolsa de
valores precifica ativos, em alusão à que a economia cresça mais de 2020, em
diante. A moeda real brasileira apreciada vai à mesma direção.
Ora, pela 17ª vez as previsões confiáveis de 100 analistas
financeiros consultados pelo Banco Central recuaram do início do ano, de PIB
crescendo por volta de 3%, para 0,8% na última semana. A produção industrial
neste ano mais caiu do que subiu em meses decorridos de janeiro a maio. Por sua
vez, confianças dos investidores e dos consumidores continuam baixas, sendo o
cenário ainda de preocupação com o futuro.
Uma das máximas para entender o que ocorre é de que a bolsa
sobe no ato (antes do acontecimento) e cai no fato (na realização). Quando se
visualizam melhores perspectivas a bolsa sobe. E já subiu muito em 2019. Quando
se realizam os fatos a bolsa cai. Vale dizer que, acontece uma ilusão dos
investidores em bolsa, que decidem justamente nela ingressar, quando está em
alta. Quando em baixa amargam com tristezas e arrependimentos.
Repete-se aqui que bolsa não é para amadores. Ou o que Keynes
disse: “Eu compro quando todos vendem e vendo quando todos compram”. Claro,
ações. Ele ficou milionário nas bolsas de valores.
Comentários
Postar um comentário