10/07/2019 - SAÍDA PELO ENDIVIDAMENTO
Na medida em que o País não cresce, dado que a expectativa do
mercado financeiro é de 0,8% de incremento do PIB, quando no início do ano era
por volta de 3%, conforme pesquisa semanal do Banco Central, o Brasil tem um
contingente de desempregados enorme, maior do que 13 milhões, sendo mais de 40%
aqueles que estão em desemprego aberto, subemprego (trabalham menos horas do
que a jornada normal), desalentados, nem querem trabalhar e nem procuram
trabalho, relativos à População Economicamente Ativa. Assim, a saída das
famílias para pelo menos manter o nível de consumo tem sido o endividamento.
Por seu turno, existe a esperança de que no próximo ano a economia cresça para
reduzir o referido exército de reserva de mão de obra. Algumas reformas foram e
serão ainda encaminhadas. O Ministro da Economia anunciará medidas neste
sentido, após a aprovação do projeto básico da reforma da Previdência, pela Câmara
de Deputados, ainda neste mês. Contudo, demora muito e causa irritação e
inconformismo. Isto já pode ser percebido na pesquisa Datafolha, que informou
que 33% dos entrevistados são a favor do governo atual e 33% são contra.
Dessa maneira, o percentual de famílias endividadas subiu
pelo sexto mês seguido, dados últimos de junho, atingindo maior nível desde
julho de 2013, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do
Consumidor, promovida pela Confederação Nacional do Comércio. Por seu turno,
diminuiu o percentual de famílias com contas em atraso.
O endividamento cresceu 0,6% em junho, em relação a maio. Na
comparação anual, com junho de 2018, a elevação foi de 5,4%. Apesar do endividamento
das famílias ter chegado a 64%, caiu o número de famílias com dívidas e contas
em atraso, tanto na comparação mensal como na anual. O indicador de número de
famílias que declararam que não teriam condições de pagar suas dívidas e
ficariam inadimplentes permaneceu estável na comparação mensal em 9,5%.
Claro, o cenário não é bom.
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