27/09/2018 - PETRÓLEO COM CUSTOS ALTOS
No século XIX, capitalistas americanos descobriram que, de
depósitos de plantas fósseis abaixo da superfície da terra poderiam extrair o
querosene, primeiro combustível destilado de petróleo, uma substância nova para
produzir luz artificial, iluminando melhor, custava menos do que o óleo animal
e se produzia em massa. Desde então, inúmeros usos se vem fazendo dos derivados
do petróleo. As empresas petrolíferas sempre foram os melhores negócios do
mundo, visto serem estratégicas para a movimentação do sistema econômico.
Entretanto, em setembro de 1973, ocorreu o primeiro choque do petróleo, através
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), decorrente de guerra
entre árabes e israelenses. O choque foi de subida de preço do barril de uma
média de 240% naquele ano, desorganizando o sistema econômico mundial, que
entrou em recessão. O governo militar de Geisel forçou a economia e o País
cresceu. Então, veio o segundo choque do petróleo, em 1979. O Brasil entrou na
década penosa situação econômica. A matriz produtiva brasileira é extremamente
dependente do petróleo e a Petrobras foi atrás da autossuficiência. Conseguiu,
depois de quase 30 anos, no início deste século. Só que o petróleo aqui
produzido é o pesado e a referida matriz usa o petróleo leve. Assim, o Brasil
exporta e importa o hidrocarboneto, havendo grande influência da cotação
internacional nos preços domésticos de combustíveis.
Nos dois últimos anos o preço do petróleo tem subido de forma
crescente. Quando atinge certo patamar, a cotação oscila um pouco, mas não
volta ao ponto anterior e conforme analistas internacionais vai continuar
assim. A cotação atual está em US$82 o barril e as projeções são de que suba o
preço em mais 25% até o final do ano. Um desespero para o Brasil, cujos preços
internacionais levam a cerca de 30% no aumento do IPCA. É tudo que não se quer
no momento, o recrudescimento da inflação.
O fato é que os maiores produtores mundiais, como a Rússia e
a Arábia Saudita não estão aumentando a produção. A produção do Irã está m
queda. Por isso, o cenário do futuro próximo é de preços elevados.
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