16/09/2018 - O SINAL DO LEHMAN BROTHERS
Há dez anos, o mundo foi tomado de surpresa, com a quebra do
Banco Lehman Brothers, de mais de 170 anos de existência. Começava-se a
reconhecer a segunda maior crise do capitalismo mundial, visto que o Banco
Central americano ingressou em socorro. A primeira foi em 1929. Naquela, a
Grande Depressão, decorreu da superprodução, sem demanda correspondente. A datada
de 15-09-2018, data do anúncio da quebra do referido banco, aconteceu pela
especulação imobiliária nos Estados Unidos. Os bancos de lá forneciam crédito fácil,
sem garantia real, somente pignoratícia, para as pessoas comprarem imóveis. Os
cidadãos poderiam ter mais de um imóvel e os tinha para alugar. Ocorre que se
formou uma bolha. Na hora que esta explodiu, houve uma corrida aos bancos
americanos, que não poderiam manter os compromissos. Os créditos chamados de prime
se tornaram subprimes e os cidadãos começaram a realizar prejuízos. A cadeia dos
mercados financeiros atacou os mercados produtivos e a pirâmide derreteu. Como
os Estados Unidos são responsáveis por mais de 25% do PIB mundial, eles
exportaram a crise para o mundo. O Brasil a recebeu e Lula a subestimou, chamando-a
de “marolinha”. No entanto, derreteu o seu governo neoliberal. Então, Lula
passou a ser intervencionista nos mercados, coisa que constava do seu programa
de governo. No caso de 2008, as medidas foram acertadas, porque cabe ao
governo, conforme Keynes, salvar as economias mundiais. O presidente americano
não fez outra coisa senão comprar ações e emprestar dinheiro para as suas
multinacionais.
No Brasil, Lula ampliou os incentivos fiscais, reduziu
impostos para segmentos produtivos escolhidos, turbinou bancos públicos,
aumentou o subsídio creditício do BNDES e estimulou o endividamento das
famílias. Em 2009, a economia brasileira ficou no zero e em 2010 cresceu 7,5%.
O País foi o ultimo a entrar na crise e o primeiro a sair dela. Então estava
tudo a mil maravilhas, quando a presidente Dilma, tendo que corrigir o rumo,
assumiu e turbinou mais ainda os incentivos, cometendo erros em sequência, já
muitas vezes aqui referidos. O Brasil emborcou com ela e em 2014 voltou a
déficit primário, que continua até agora. A grande recessão ainda tem seu caldo
na economia nacional.
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