20/09/2018 - SELIC MANTIDA


O Banco Central manteve a taxa básica de juros, a SELIC, pela quarta vez consecutiva, por unanimidade da sua diretoria. Permanece a SELIC no seu menor patamar histórico, desde início da série em 1986. Referido indicador sinaliza para o mercado financeiro o valor nominal de 6,5% de juros ao ano. Acima da inflação, cuja taxa esperada para este ano é de 4,09%, conforme pesquisa semanal do boletim Focus, propiciando um ganho real de 2,32%, após desconto da taxa inflacionária. Não são 2,41 como se erra a tirar por diferença, quando é dividindo a SELIC unitária (+1) pela inflação (+1) menos 1.

Outro período de SELIC menor ocorreu de outubro de 2012 a abril de 2013, quando a taxa foi mantida em 7,25%, erro repetido, visto que a inflação estava ascendendo. Então voltou o BC a reajustá-la gradualmente até 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016 voltou a ser reduzida gradualmente até o patamar atual, ao tempo que a inflação também cedia. Em comunicado o BC afirmou que a SELIC está baixa por que a inflação está baixa, devido à ociosidade da economia. No caso do novo governo não promova as reformas estruturais, não combater o déficit nas contas públicas e a instabilidade da economia internacional, o BC poderá voltar a elevar a SELIC.

O Comitê de política monetária reiterou que a conjuntura econômica ainda “prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. Porém, o estímulo poderá ser removido gradualmente, no caso da inflação recrudescer. Sem dúvida a condução monetária tem sido acertada. O BC ainda fará pelo menos mais duas reuniões neste ano.

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