05/09/2018 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO BÁSICO




Aplicado pela primeira vez em 2007, depois de dois em dois anos, o Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB) é calculado para o Brasil como um todo. As provas são de língua pátria e de matemática. No Ensino Fundamental I, do primeiro ao quinto ano, saiu de uma média de 3,5 e chegou em 2017 para 5,5, ultrapassando a meta que era de 5,2. No Ensino Fundamental II, do sexto ao nono ano de estudo, saiu-se de 2007 de 3,3 para 4,4, em 2017, número inferior à meta do MEC de atingir 4,7. Já o Ensino Médio saiu-se de 3,2 para 3,5 nos dez anos referidos, não se alcançando a meta do MEC que é de 4,4. É notório o fracasso da evolução no Ensino Médio. Ou seja, 70% dos alunos estão sendo insuficientes em português e matemática. Chegou-se ao ponto de ver-se o Ministro da Educação, Rossielli Soares, nas TVs, no dia 31, passado, afirmar o nível médio de ensino está “absolutamente falido e no fundo do poço”.

O IDEB é calculado a partir do exame das aprovações dos alunos nas escolas e dos testes com os alunos. O Estado de São Paulo que vinha em primeiro lugar no IDEB caiu para terceiro colocado. Vendo do primeiro ao quinto lugar, tem-se no Fundamental I o primeiro lugar é do Ceará (média de 6,7), depois vêm Goiás (6,6), São Paulo (6,5), Minas Gerais (6,5) e Paraná (6,3). No Fundamental II o primeiro lugar é de Goiás (5,2), Rondônia (4,9), São Paulo (4,8), Santa Catarina (4,8) e Acre (4,7). No Ensino Médio o primeiro lugar é de Goiás (4,3), Espírito Santo (4,1), Pernambuco (4,0), São Paulo (3,8), Ceará (3,8) e Rondônia (3,8).

O MEC vem promovendo mudanças nos currículos escolares. Já tendo concluído do ensino infantil até o fundamental. Entretanto, a reforma do ensino médio, aprovada pelo Congresso em 2017, está ainda sem implementação.

Conforme o livro Introdução à Economia, de Mankiw, a educação é uma externalidade positiva. Isto é, quanto mais educado mais produtivo é o cidadão. A esse respeito, o pesquisador Ricardo Paes de Barros produziu um texto em que examinou a produtividade brasileira, elevando-se de cerca de US$200.00 por ano, no período de 1980 a 2010, enquanto no Chile subiu US$3,000.00, na China US$3,500.00 e, na Coréia do Sul, US$6,800.00, no mesmo espaço de tempo. Pelo exposto, dificilmente o País deixará de ser emergente para ser desenvolvido, nessa toada.

O avanço do PIB de 2011 a 2020 poderá ser inferior à média anual da década de 1980, que fora 1,6%, considerada a “década perdida”, visto que chegou próximo ao crescimento vegetativo da população. Cálculos atuais revelaram que o PIB médio desta década crescerá menos do que 1% ao ano, estando a população crescendo 0,84% anuais, o que manteria a renda per capita no nível de 2010. Mais uma “década perdida”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE