02/09/2018 - PERDA DE RITMO DO PIB
A greve dos caminhoneiros, que conturbou a atividade
econômica no País, fez com que o PIB crescesse somente 0,2% no segundo semestre
deste ano, conforme cálculos das contas nacionais pelo IBGE. Por outro lado,
reviu o IBGE, o crescimento do primeiro trimestre, para 0,1%. Os resultados das
pesquisas eleitorais não se traduziram até então em surgimento de um candidato
apreciado pelo mercado. Porém, anteontem, ao TSE barrar a candidatura de Lula à
presidência, que, mesmo preso por corrupção e lavagem de dinheiro, vinha
crescendo nas pesquisas eleitorais, podendo até ganhar no primeiro turno, o
dólar recuou e a bolsa subiu. Reacenderam as esperanças de um melhor nome para
o mercado, que não quer um candidato sem compromissos com as reformas
estruturais e com o reajuste fiscal, de retornar ao superávit primário, além
das suas promessas de crescimento do tamanho do Estado e o receio da corrupção.
A principal dúvida do mercado é se o candidato será capaz de
voltar ao superávit primário, sem elevar os tributos. Na maior parte dos
setores produtivos há apreensão e dúvidas, conforme aqui referido, sobre a
pesquisa da revista Exame com 341 dirigentes das grandes empresas do País, na
sua edição especial de agosto.
A insegurança está sendo alimentada também pelo anteprojeto
de lei do orçamento, enviado no último dia de agosto, conforme a lei. Nele são
projetados somente R$27,4 bilhões para investir em infraestrutura. Consoante a
teoria macroeconômica, o investimento governamental é o autônomo,
multiplicativo. Ele atrai o investimento privado, que é o induzido, por isso
mesmo multiplicativo. O valor é de somente 0,3% do PIB. Entretanto, certo
alento se deve a previsões de que poderá haver a retomada do crescimento, visto
que a inflação está baixa e há grande capacidade ociosa.
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