15/09/2018 - ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO E O IDH
O Brasil saiu da 79ª posição para a 96ª no Índice de
Percepção da Corrupção, segundo a Transparência Internacional (TI), entre 180
países. Esta escalada de 17 degraus no indicador se deve às elevações no
combate à corrupção. O índice existe desde 1996. Não houve em 2017, o esboço de
respostas às causas estruturais de corrupções no País. Diz a TI que a velha
forma de fazer política se apega ao poder, tendo foro privilegiado milhares de
pessoas que não querem mudar. Por seu
turno, a sociedade fica com dificuldade em se definir em que lado está até
mesmo acreditando que não haverá mudanças. O descrédito é grande perante a
impunidade ou a quantidade sem tréguas que a justiça brasileira permite aos
mais ricos. Ainda mais agora quando se conhece o fato de que a verba de
campanha, aprovada pelos congressistas, irá para a maioria, para eles mesmos,
em seus 35 partidos políticos, o que não permitirá a renovação dos quadros
partidários. Quanto às empresas denunciadas, estas estão se comprometendo a ter
ética nos próximos contratos. Porém, acreditar é difícil porque a estrutura
está praticamente intacta.
Divulgado o Índice de Desenvolvimento Humano, calculado pelas
Nações Unidas, em 2017, o Brasil se elevou somente em 0,01 ponto, em relação a
2016, uma posição de estagnação, chegando a 0,759, tido como de alto
desenvolvimento. O indicador varia de zero a um. Isto se deveu ao fato de que a
renda do brasileiro se elevou somente 0,14% no período. A posição brasileira a
179 entre 189 países pesquisados. Quando a ONU inclui ajustes sobre educação,
saúde e renda, o indicador despenca para 0,578, indo para o lugar de país de
médio desenvolvimento. Isto porque principalmente o Brasil tem o 9º pior índice
de Gini entre os 189 países pesquisados. Referido Gini mede a desigualdade na
distribuição de renda média dos brasileiros, confirmando que é uma das dez mais
desiguais do mundo.
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