26/09/2018 - CRÉDITO É MUITO DIFERENTE ENTRE PAÍSES




O crédito é muito diferente entre países. Na relação com o PIB, ele é maior para os países desenvolvidos do que para os países emergentes e, menor ainda, para os países pobres. O crédito, controlado pelo Banco Central, é fator de criação de moeda e, por isso, quanto mais o país for desorganizado, mas ele é restrito. Nos países ricos os cidadãos não permitem, nem o praticam o fato de que o crédito possa turbinar a inflação, devido as defesas dos consumidores, para não elevar o processo inflacionário.

Evidente que o crédito é fundamental para o crescimento de um país, não só para novos investimentos, mas, principalmente, para capital de giro. As taxas de juros têm que ser saudáveis. Porém, como no caso brasileiro, no qual existe forte retenção do depósito compulsório, hoje, sobre depósitos à vista de 45% de recolhimento ao BC, os bancos creditam a isso, as elevadas taxas de juros praticadas, chegando ao ponto de exercer até posição de agiotas, quando emprestam parcela expressiva do cartão de crédito a juros flutuantes, por volta de 14% ao mês. Isto é tóxico.

No Brasil, em 2007, o saldo dos empréstimos era de 35% do PIB. Passou para 47%, em dezembro de 2017. Porém, o seu pico foi em dezembro de 2015, de 54% do PIB. Esteve no mais recente 35%, devido ao longo processo recessivo de 2015-2016 e próximo da estagnação de 2017-2018. Conforme o Banco Mundial, a média do crédito para países selecionados é de 62% do PIB. Nos países da OCDE é de 122%. Nos Estados Unidos é de 192% do PIB.

Para que no Brasil o crédito possa fomentar os agentes econômicos são necessárias reformas microeconômicas, tais como a ampliação do cadastro positivo, melhoria no sistema de garantias, regulação do mercado imobiliário e fomento à competição. Porém, mais do que tudo são fundamentais s reformas macroeconômicas, tais como a da Previdência Social, a Tributária e a do Gasto Público.


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