07/09/2018 - FALTA UM MÊS PARA O PRIMEIRO TURNO




No dia 7 de outubro deste ano se realizará o primeiro turno das eleições presidenciais, para senadores, deputados federais, deputados estaduais e governadores. A primeira impressão é de que, faltando somente eleições de prefeitos e vereadores, haveria condições de mudar bastante o País. Nada disso, os próprios congressistas, na proibição do STF, de dinheiro das empresas par os candidatos, criaram o fundo partidário, para distribuição de dinheiro público para eles mesmos. Portanto, a renovação política será muito pequena, ao contrário do esperado. Para o cargo de maior relevo, o do presidente da República, há 13 candidatos. Quase tudo indica que haverá segundo turno. Saíram na frente os candidatos que não representam parcelas significativas dos capitalistas, o chamado “mercado”, estando a economia em grande volatilidade, refletida principalmente na bolsa de valores, além do dólar estar em alta, desde o dia 14 de agosto, quando foram divulgados as primeiras prévias das pesquisas.

Na expectativa dos empresários para retirarem projetos das gavetas será preciso que os planos dos candidatos estejam claros. Eles não estão. Portanto, a situação de curto prazo é de uma economia estagnada. Na pior hipótese, se um candidato que seja eleito com ideias de estatizar a economia, aumentar impostos e criar mais dificuldades, a economia voltará à indesejada recessão. Na melhor hipótese, se um candidato for eleito com ideias neoliberais, que efetivamente fará as reformas estruturais, a economia voltará a crescer. Em ordem, parece que o mercado acena para Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles e João Amoedo, que não vem muito bem nas pesquisas. Os candidatos Jair Bolsonaro, embora com ideias liberais, ainda não conquistou o mercado. Marina Silva não o empolga, defendendo o meio ambiente e com poucas ideias. Ciro Gomes tem propostas polêmicas, também não empolgando o mercado. Os outros seis não parecem que decolarão.

O cenário econômico ficará mais claro no segundo turno. Alckmin, que tem maior tempo de televisão, tem provocado polêmicas, embora tenha feito boas propostas, tais como as reformas estruturais, que são fundamentais, além de outras proposições que são necessárias ao País, ainda não pontuou 10% (está em 9% das intenções de voto). Além do mais, uma das suas melhores idéias é de dobrar o comércio internacional brasileiro. Sim. O Brasil é um país “pequeno” nos negócios mundiais. Porém, a senadora Ana Amélia, sua candidata a vice-presidente, representante do agronegócio, demonstrou-se contrária, porque continua acreditando nos subsídios de exportação que tem o agronegócio e não quer transferência deles para os outros setores produtivos. Enfim, está quase tudo nebuloso e somente depois do eleito se terá os novos destinos do País. Possivelmente, um candidato poderá fazer uma Carta de Compromissos, para seguir respeitando contratos dos mercados. Recorde-se que Lula ganhou as eleições depois de fazer a Carta aos Brasileiros, coisa que o seu PT não quer mais, voltando ao seu programa original, de estatização da economia e de não fazer o ajuste fiscal, provavelmente, podendo dar um “calote” na dívida pública. Estes aspectos aterrorizam o mercado.

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