13/09/2018 - DESNUTRIÇÃO VOLTOU A AUMENTAR




A unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) relativa à Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês) veio a público revelar que, depois de uma década de avanços no combate à fome, a desnutrição voltou a elevar-se no globo, pelo terceiro ano consecutivo, até 2017, devido às condições climáticas nos países pobres, principalmente na África. No caso brasileiro, foi devida à forte recessão de 2014 a 2016. Em 2017, a FAO informou que havia 821 milhões de pessoas com desnutrição no globo. Em 2016, foram de 804 milhões, subindo de 10,6% da população global para 10,9%. Dito de outra forma, uma em cada nove pessoas tem desnutrição no mundo, segundo a ONU. Apesar da elevação, a taxa de 2017 é inferior àquela vigente em 2005, quando 14,5% da população eram considerados como desnutridos. Na América do Sul por volta de 4,7% passavam fome; em 2017, a taxa subiu para 5%. No geral, a população da América Latina que passava fome subiu de 19,3 milhões para 21,4 milhões, de 2016 para 2017. Entretanto, o número ainda é inferior aos 29 milhões de famintos que existiam em 2005.

Considerando o critério de insegurança alimentar severo, quando uma pessoa passa um dia todo sem se alimentar ou de famílias que tem seus estoques de comidas esgotadas, a América do Sul passou de 4,7% em 2015, para 8,7% em 2017. O número passou de 19,4 milhões para 36,7 milhões no mesmo período. Um avanço violento. No Brasil, o maior número de famintos ocorreu em 1999, próximos de 21 milhões. O menor número de desnutridos ocorreu em 2010, em torno de 4,9 milhões. Depois, elevou-se em 2014 para 5,1 milhões. Em 2017 ficaram por volta de 5,2 milhões.

Assim, após uma década de queda, a fome volta a assustar no globo principalmente porque a sua tendência é de continuar se elevando nos próximos anos.

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