22/09/2018 - PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO COMÉRCIO MUNDIAL




A participação do Brasil no comércio global é pequena. Historicamente, há décadas, é de apenas 1% de tudo o que o mundo exporta e importa. Conforme artigo de Marcos Troyjo, participante da equipe de professores do núcleo das economias emergentes da Universidade Colúmbia, em artigo da revista EXAME CEO, deste mês, intitulado “Em busca da inserção global”, ele pontifica: “Nenhum país nos últimos 70 anos realizou um salto socioeconômico sem que o comércio exterior representasse uma fatia substancial – em geral, superior a 40% - do PIB. O Brasil raramente passou de 25%. O que fazer? O atual cenário global carrega uma contradição. Desde que a inovação se tornou motor da prosperidade, com sucessivas revoluções industriais, da máquina a vapor à inteligência artificial, sempre se verificou uma coincidência: o epicentro da economia global – primeiramente, o Reino Unido e, depois os Estados Unidos – desempenhava também a defesa do livre-comércio. Hoje, ao contrário, observamos o fenômeno de grandes economias tentando esconder-se da globalização. No limite, saber tirar proveito da globalização é a grande fonte da riqueza das nações”.

Há pelo menos 40 anos que nova economia líder se inseriu no mundo, a China, que está hoje com o 2º PIB mundial e poderá ultrapassar os Estados Unidos daqui a menos de 20 anos. É justamente nesse cenário competitivo que o presidente Donald Trump ergueu uma série de barreiras comerciais pelo mundo. Conforme comentário de Miriam Leitão, no jornal o Globo de hoje: “O comércio mundial pode cair 17,5% se as medidas dos Estados Unidos e da China forem implementadas, diz o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevedo, e isso levaria à redução de dois pontos percentuais no ritmo de crescimento mundial. A América latina perderia meio por cento, mas não por estar mais protegida, mas porque as economias da região, principalmente a brasileira, são ainda fechadas”.

Quando o Brasil deveria ter-se aberto não o fez. Agora ficou mais difícil. Porém, o País deveria ir atrás de fazer acordos bilaterais, como tem o Chile, que possui algumas dezenas deles. O Brasil só tem um e com Israel. Há 15 dias para as eleições, das mais indefinidas de sua história, o País procura um caminho seguro para voltar a crescer mais rápido.

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