26/05/2018 - PREJUÍZOS DA MÁ GESTÃO PÚBLICA




A greve de caminhoneiros se tornou dramática porque o governo federal não negociou antes. Há tempo que dois milhões de caminhoneiros vêm se queixando e ameaçando com paralisações, de que não poderiam segurar perdas pelos reajustes quase diários do óleo diesel, sem que as tarifas dos transportes acompanhassem os citados reajustes. O mal também aflige os consumidores de gasolina e de outros derivados. A forte recessão de 2014 a 2016 deixou entre os transportadores grande capacidade ociosa, que, somada à elevação de combustíveis, na forma adotada desde julho de 2017, deixou dramática a vida dos transportadores. Ainda que o governo detecte um locaute, greve de empresários de transportes, a situação na área ficou descontrolada.

O drama chegou aos seus limites pela reação dos aumentos sucessivos do dólar, que foram repassados pela Petrobras aos consumidores. Não houve aumento de tarifas, de salários, de lucros, para sustentar o modelo adotado pela Petrobras. Agora, depois de cinco dias de paralisações, o presidente da Petrobras veio anunciar uma redução de 10% no preço do diesel e mudança na política de preços de diária para mensal, desde que o governo federal assuma os prejuízos da estatal. Os caminhoneiros nem assim voltaram à normalidade. Exigem que haja reduções de tributos, que correspondem a cerca de 50% dos preços dos combustíveis. Porém, este é outro departamento, que tem a ver com a Câmara e com o Senado. Estes reagiram afirmativamente m rever a política fiscal, de forma parcial, visto eu a última reforma fiscal geral que houve no Brasil se deu em 1967, pela Constituição outorgada. Sem dúvida, mexer na malha tributária é um dos maiores vespeiros e inúmeros projetos da área não conseguem sair do papel.

Em situação crítica é que se vê como o País é mal administrado, mal organizado e que trazem sérios prejuízos como revelados nestes dias. Ainda não contabilizados. Os preços dos produtos subiram, pelo desabastecimento. Por outro lado, na agropecuária se veem desperdícios, da produção jogada fora e de mortes de animais; na agroindústria, inúmeras unidades paralisadas; na indústria, a produção está sendo reduzida; no comércio e nos serviços a passos de cágado. A situação ainda está indefinida e, por exemplo, a Prefeitura da maior cidade do Brasil, São Paulo, já cogita de fazer um feriado na segunda feira, daqui a dois dias. Até porque está quase tudo sendo paralisado.

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