24-05/2018 - MALHA RODOVIÁRIA TRAVADA




A malha rodoviária brasileira está travada há quatro dias. Grande parte da paralisação mostra que o País está vulnerável à chantagem do transporte rodoviário. A greve só chegou agora com a conivência dos empresários. Os empresários chegaram a defender a greve em reunião no Palácio do Planalto. Os capitalistas participando se chama de locaute. É proibido por lei. A greve dos caminhoneiros também é ilegal. Não cumpriu os trâmites legais. Os caminhões transportam 64% da carga do País. A frota deles é de dois milhões, sendo 650 mil autônomos e 150 empresas de transportes rodoviários. Em consequência, o desabastecimento. Os mercados se desorganizaram.

No cerne da questão está a política de preços da Petrobras. Desde julho de 2017 que a estatal repassa os aumentos do dólar e do valor internacional do barril de petróleo. Porém, os caminhoneiros querem é redução de tributos, que correspondem a cerca da metade os preços dos combustíveis. No caso do óleo diesel e da gasolina o maior tributo é o ICMS, que representa 30%, subindo também quando o preço aumenta. O PIS/COFINS e a CIDE incidem sobre valor fixo.

Conforme Miriam Leitão, no jornal Globo de hoje, encerra com o seguinte parágrafo: “Ontem, no terceiro dia da greve, o País já enfrentava o desabastecimento. Esse movimento é maior do que a paralisação de 1999 no governo Fernando Henrique. Mas claramente o que está acontecendo não é uma greve de caminhoneiros. É mais grave e mostra o risco que o País corre sendo tão vulnerável ao transporte rodoviário”.

No final deste dia as ações da Petrobras tinham caído cerca de 15% na bolsa de valores de São Paulo.

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