03/05/2018 - DESABAMENTO DE PRÉDIO EM SÃO PAULO
A tragédia que ocorreu no dia primeiro de maio, quando
desabou um prédio de 24 andares no centro da cidade mais rica do País, antiga sede
da Polícia Federal, na sexta cidade mais populosa do mundo, demonstra uma
faceta cruel da pobreza e da miséria, no município mais rico da Brasil.
Morreram muitas pessoas, cerca de 50 delas. Porém, não se tem o número certo, devido
à alta rotatividade, porque eram componentes de 146 famílias dos moradores sem
teto naquele imóvel, onde se encontravam 372 pessoas. O centro de São Paulo tem
por volta de 70 prédios invadidos por pessoas sem moradias. Neles estão por volta de 4 mil pessoas
localizadas. Na cidade toda, conforme Secretaria Municipal da Habitação existem
206 edifícios ou terrenos invadidos, cuja sua estimativa é de 46 mil famílias.
Número de que crêem está bastante subestimado, visto que a maioria das invasões
se encontra em propriedades particulares. Urbanistas paulistas dizem que o
avanço de famílias em edifícios, praças e terrenos se devem à alta dos alugueis
e a política habitacional inadequada. Claro que não são estas as causas
principais. Elas foram decorrentes do desemprego, que já era grande e se tornou
enorme, por volta de 13% da força de trabalho potencial, além dos vícios, tais
como o uso de crack no centro de São Paulo, região que ficou conhecida como cracolândia.
As gestões públicas anteriores intervieram na área, visando acabar com ela, mas
o que fizeram foi disseminar núcleos de viciados por toda a cidade e eles
voltaram para a cracolândia. Hoje parcialmente reconstruída.
A solução que recomeçou para diminuir o déficit habitacional
no Brasil, que já fora por volta de 7,5 milhões de habitantes, tendo caído para
cerca de 6 milhões de moradias, o Programa Minha Casa, Minha Vida, de fato
reduziu o imenso déficit. Porém, devido a sua extrema redução e de localização
longínquo dos centros de emprego da mão de obra, o déficit brasileiro voltou a
crescer para em torno de 7 milhões. Claro o problema mais recrudesceu na grande
São Paulo, hoje com mais de 12 milhões de habitantes, enquanto a restrita São
Paulo tem por volta de 8 milhões de cidadãos.
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