25/05/2018 - PETROBRAS VOLTA A SER A SEGUNDA
Após cinco dias de greves pelo País, a Petrobras perdeu R$47,2
bilhões do seu valor de mercado, ontem, voltando a ser ultrapassada pela AMBEV,
que retornou ao primeiro lugar na Bolsa de Valores de São Paulo. As ações
preferenciais nominativas caíram 14% e as ordinárias nominativas caíram 15%. Não
obstante o presidente da Petrobras ter convocado o mercado financeiro para
explicar a redução de 10% no preço do óleo diesel, em resposta aos protestos
dos caminhoneiros, isto não foi suficiente para a sorte da petroleira ser
abalada.
Não existe uma organização que possa ser apontada como líder
da greve. A proposta de paralisação começou a circular de forma espontânea em
redes sociais e grupos de WhatsApps. Agora o governo negocia com a Confederação
Nacional de Transportadores Autônomos, Associação Brasileira de Caminhoneiros,
a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil. O movimento passou a ser
engrossado pelos caminhoneiros de frota, aqueles que são contratados com
carteira assinada.
A principal exigência é a queda no preço do óleo diesel,
visto que, para eles, o custo do combustível está se tornando inviável o
transporte de mercadorias no Brasil. As entidades querem que o governo federal
estabeleça uma rega de reajuste de combustíveis e que não suba todo dia.
Não é a primeira vez que acontece uma paralisação da espécie.
Fernando Henrique enfrentou uma em 1999 e Dilma Rousseff em 2015. O fato é que
se tornou fácil parar o País, já que o Brasil tem poucas linhas de trem. Hoje a
situação está ficando insustentável. Falta gasolina em quase todos os postos.
Parte significativa da população não está circulando e a produção está sentindo
reflexos fortes. Sem dúvida isto irá afetar o PIB, que já vem se
desmilinguindo. A sua estimativa, que já foi de 3% para 2018, está agora sendo
projetado na faixa de 2% a 2,5%.
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