17/05/2018 - PRÉVIA DO PIB DO IBC-Br DE – 0,13% NO TRIMESTRE




O Índice do Banco Central, denominado de IBC-Br, conhecido como prévia da inflação oficial do IBGE, chamado de IPCA, o qual tem resultado muito demorado para ser divulgado, devido ao rigor das previsões das coletas de preços, tendo-se assim um sinalizador do comportamento recente da economia e serve para definir cenários alternativos. O seu número mostrou queda de 0,13% no primeiro trimestre do ano. Uma ducha fria para aqueles, inclusive para autoridades da área econômica, que projetavam incremento de 3% do PIB, já recuando em estimativa de 2,5%. Uma redução na previsão de 17% no otimismo.

O indicador de atividade econômica do BC é um comparativo do primeiro trimestre de 2018 com o último trimestre de 2017. Em relação ao primeiro trimestre de 2017 houve crescimento de 0,86%. Ora, em 2017 o PIB cresceu 1% no ano todo. Ficou aquele gostinho de que a “coisa” ainda não melhorou como projetava o mercado financeiro. Para muitos até piorou neste início do ano. O Secretário do Tesouro Nacional, economista Mansueto Almeida, comentou que “não é novidade para ninguém que, nos últimos meses, alguns indicadores de atividade estão vindo um pouco mais fracos do que se esperava”.

A queda da SELIC, de 14,25% para 6,5%, em quase dois anos de governo de Michel Temer não foram capazes de elevar o nível de atividade de forma significativa. Consegui-se sim, sair da recessão. Porém, está muito difícil restaurar a confiança de investidores e de consumidores, principalmente porque este governo não conseguiu fazer a maioria das reformas estruturais de que tanto o País precisa. Governar com uma maioria tão instável fez Michel Temer congelar as duas reformas de que o mercado tanto tem cobrado, quais sejam as da Previdência Social e a Tributária.

O Banco Central ontem manteve a taxa básica de juros, a SELIC, em 6,5% ao ano e sinalizou que ela ficará até o final deste ano neste patamar. Quer dizer, a taxa real se mantém em 3,6%. Muito alta para países ricos. Porém, muito baixa para países pobres e emergentes. Ou seja, a taxa mensal de juros ficou em 0,3% mensal. Algo no padrão brasileiro é baixo. Basta ver que a caderneta de popança, com SELIC acima de 8,5% pagou, por muito tempo 0,5% ao mês. Aliás, que tem cadernetas anteriores a 2012 e não mexeram no dinheiro, recebem tal remuneração. É o que seria um repouso remunerado, até alguns dias atrás considerado como razoável e hoje sendo uma boa taxa.


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