10/05/2018 - CONTÁGIO ECONÔMICO
Não há possibilidade de contágio do problema econômico da
Argentina com a economia brasileira. O Brasil possui um colchão de reservas
internacionais de mais de R$360 bilhões de dólares, mais de duas vezes as
importações anuais. Portanto, não sairão os dólares do Brasil, não havendo
estrangulamento externo. A última vez que isso aconteceu foi em 1999, quando as
reservas chegaram quase a zero e o País recorreu ao Fundo Monetário
Internacional (FMI), tomando US$30 bilhões emprestados. O dinheiro estrangeiro
parou de sair, na época. Depois, o governo de Lula pagou essa dívida com o FMI,
porque houve uma enxurrada de dólares na década passada. Por que esses dólares
vieram? Devido às altas de juros aqui vigorantes, o que atraia como ainda atrai
o capital estrangeiro, principalmente dos fundos de pensão internacionais, em
busca de elevar o patrimônio de associados.
Um ataque especulativo à moeda de um país decorre da escassez
de reservas, que não poderão quitar as importações e, certamente, elas não
poderão ser realizadas. É o caso da Argentina atual, que está pedindo, por
coincidência da situação de 1999 no Brasil, US$30 bilhões ao FMI.
Os Estados Unidos controlam cerca de 80% da moeda no mundo.
Com isso as reservas internacionais são formadas em dólares. Os norte-americanos,
que tem a maior dívida interna do mundo, aumentam ou reduzem tal estoque,
mediante atuação na taxa de juros. Pagos aos títulos da sua dívida. Na verdade,
além de ter o maior arsenal bélico do mundo, os Estados Unidos tem a maior arma
em tempo de paz que é o dólar, fruto de jogadas políticas e de cobrança de
submissão internacional.
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