18/05/2018 - POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS É PERVERSA
A política de preços dos combustíveis, praticada pela
Petrobras, há dois anos, mudou radicalmente com a gestão de Michel Temer, em
relação ao governo de Dilma. Esta administrava preços dos combustíveis, congelando-os
por algum tempo, trazendo prejuízos para a Petrobras, além de permitir a
corrupção sistêmica, estourada em 2014, mediante a operação Lava Jato, que
ainda não terminou. Uma enxurrada de escândalos de corrupção foi e estão sendo
desvendados. Data de seu último ano de gestão (2015), que os preços internacionais
do petróleo começaram uma ascensão do patamar de 50 dólares o barril de
petróleo. Michel Temer colocou Pedro Parente na direção da Petrobras. Este vem
praticando a política de transferir cotidianamente, as elevações dos preços
internacionais do barril do petróleo, já no patamar de 80 dólares, para as distribuidoras,
que se aproveitam do fato e repassam muito mais salgados para os consumidores.
Este ano os pecos dos combustíveis já subiram 125%. Já há consumidores comprando
gasolina no crediário. Portanto, está na hora de definir melhor uma política de
preços, até porque parte do petróleo produzido e consumido aqui não é
exportada, embora a maio parte dele seja importada.
Dessa forma, começaram a pipocar movimentos populares contra
o abastecimento em postos de gasolina, em um pretenso racionamento, até porque
o poder de compra dos brasileiros não se elevou. Os donos dos postos dizem que
repassam os aumentos que a Petrobras lhes impõe. A população reclama de que
haja cartéis dos postos em todo o País, visto que eles têm repassado mais do
que a Petrobras lhe impõe ao pegar combustíveis nas refinarias. Os dirigentes
dos postos de petróleo disseram anteontem que a política de preços do petróleo
é perversa. Os caminhoneiros, também anteontem, fecharam três estradas em três
Estados. Os protestos ainda estão começando e os agentes reativos estão
prometendo instalá-los em todo o País.
A teoria econômica revela que os reajustes de preços são
transferidos em cadeia nas diferentes esferas produtivas, para que não haja
prejuízos. No caso da Petrobras, que foi saqueada nos governos do PT, o atual
presidente, Pedro Parente, reconhecido neoliberal, que serviu aos governos de
FHC, está promovendo uma reengenharia na citada estatal, colocando-a como a
maior empresa brasileira, conforme cotação de suas ações na bolsa de valores de
São Paulo, cargo que tinha perdido para outros grupos econômicos, sendo deles o
principal, o grupo AMBEV, agora no segundo lugar.
Em síntese, a população como um todo está garantindo que a
Petrobras obtenha lucros polpudos, as revendedoras de combustíveis os aumentando
mais ainda e os consumidores pagando os preços da elevação dos preços
internacionais do barril de petróleo e da ganância dos comerciantes
cartelizados.
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